Após repercussão da notícia de captura de uma jararaca no pátio do Ministério Público em Lagoa Vermelha, uma série de relatos de ataques de cobras começaram a surgir. Conforme a médica veterinária Francielly de Ávila, acidentes com ofídios são mais frequentes nesta época do ano, em função da movimentação nas lavouras. Ela mesma recebeu a três chamados num período de quatro dias, em razão dos ataques.

O primeiro caso relatado pela veterinária foi registrado na quinta-feira, 20 de abril, em Capão do Cedro, quando um cavalo foi picado. No dia seguinte, outro equino foi atacado na localidade do Tupinambá. No domingo, 24 de abril, um cão, também em Capão do Cedro, foi o alvo de uma cobra.

A veterinária explica que proximamente 80% dos ataques são realizados por serpentes do grupo das jararacas, e quando há o tratamento precoce, as chances de o animal ser salvo são grandes. No caso de bovinos e equinos, as picadas se concentram nos membros, ubre e foicinho.

A profissional também relata que no Brasil há quatro grupos de serpentes venenosas. As corais são mais letais, mas seus ataques não chegam a 1% das ocorrências registradas. Ouça a entrevista saiba mais.