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A diversificação do Gado Leiteiro em Capão Bonito do Sul

por Rudimar Galvan

Uma atividade que cresce constantemente no município

Nova estrutura da leitaria.
Foto: Amanda Nunes

O município de Capão Bonito do Sul, situado na Região Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, também investe na produção leiteira, e nesta área podemos citar como destaque a Granja Zanette.

A Granja Zanette é de propriedade de Pedro Zanette e Tarcília Maria Deitos Zanette e dos Filhos Enio, Eloi e Roberto Zanette.

 

Histórico

A família Zanette chegou em Capão Bonito do Sul há cerca de quarenta anos, mas somente na década de 90 iniciou a produção de leite. No início, a atividade era somente com soja e milho. Mais tarde, pensando em diversificar e agregar mais valor, a propriedade iniciou a produção de leite, que hoje conta com aproximadamente 210 animais, sendo em lactação 110 vacas.

 

Por que a leitaria?

Uma diversificação, segundo os proprietários. A atividade de produção de leite da fazenda precisava evoluir e estavam interessados em melhorar o manejo de suas vacas leiteiras, que eram mantidas no sistema de pastoreio. Era preciso mudar para que os animais expressassem todo o seu potencial produtivo e melhorar a rentabilidade da propriedade. A nova estrutura de confinamento das vacas em lactação foi de um projeto de Free Stall, com disponibilidade de tempo para tarefas de gestão e um ambiente tranquilo e agradável para o animal.

 

Dificuldades e valorização

Uma das maiores dificuldades encontradas no início e que ainda hoje persiste, é a mão-de-obra com empregados especializados nessa área; “quando alguém para de trabalhar temos que encontrar um substituto e o trabalho do leite é contínuo, todos os dias independente do tempo, chuva, vento ou sol, inverno e verão todos os dias tem trabalho. É difícil que alguém permaneça por um longo período de tempo nessa atividade”, revela Enio Zanette. “A pecuária leiteira é gratificante também, embora tenha muito trabalho, muito sacrifício e necessita de mais valorização. Hoje em dia vemos que uma garrafinha de água é mais cara que um litro de leite”, revela.

 

Melhorias

Um dos proprietários da fazenda, Roberto Zanette, falou sobre os benefícios que o sistema de Free Stall trouxe com relação ao bem-estar dos animais, à sua equipe e à administração da propriedade. “Se tornou mais gerencial e menos operacional, possibilitando o direcionamento das atenções para atividades mais rentáveis, como gerenciamento, manejo sanitário e nutricional do rebanho, entre outras. A evolução estrutural proporcionou um aumento de 25l/dia para 35l/dia. A alimentação é toda no cocho com acompanhamento de nutricionista para fazer a dieta alimentar. Além da dieta específica a alimentação é complementada com silagem de milho, pré-secado de azevem, farelo de soja/milho, bagaço de cevada e sal mineral”.

No final de setembro de 2014, Roberto, juntamente com um grupo formado por técnicos e produtores rurais, participaram da World Dairy Expo (WDE) 2014, a maior feira de gado leiteiro do mundo. A exposição é realizada anualmente em Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, e reúne animais de referência em genética. Com disposição para aprender e reduzir a distância entre a realidade das fazendas do Brasil e a de outros países, foi conferir de perto o que os americanos fazem para alcançarem altas produtividades na bacia leiteira. Segundo Roberto, “fizemos tours em várias fazendas e reuniões. Tudo isso possibilitou muita troca de experiência”, avalia. O técnico em Agropecuária, Roberto, participou pela primeira vez da excursão e comemora os resultados. “O aprendizado profissional e pessoal foi fantástico. Posso garantir a todos que é uma experiência única”, afirma. Na propriedade buscamos sempre o melhoramento genético, usando somente insiminação artificial numa busca constante de um animal mais equilibrado (produção/tipo/longevidade/produtividade).

        Daquela época para os dias de hoje aconteceram bastante melhorias, mas sempre tem ainda algum trabalho que precisa de mais atenção. Segundo Enio, “o Meio Ambiente está exigindo mais coisas do que a gente fazia antigamente, pois com as novas leis ambientais as propriedades tem que se adaptarem. Tem muita coisa pra melhorar e nós sabemos que a agricultura não é fácil nos dias de hoje, mas a gente vai fazendo as coisas conforme as possibilidades”, finaliza.

 

 

 

 

 

 

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