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Produção do Queijo Serrano é reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do RS

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O produto é de grande importância econômica e cultural para a região dos Campos de Cima da Serra

Foto: Felipe Câmara/Ascom Sedac

O modo de fazer do queijo artesanal serrano foi oficialmente reconhecido como patrimônio cultural imaterial do Rio Grande do Sul. O registro foi assinado pela Secretaria de Cultura do Estado na quarta-feira, 30/10, em uma cerimônia realizada no Theatro São Pedro, em Porto Alegre. O evento contou com a presença de produtores, técnicos, autoridades e representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae).

A produção artesanal do queijo serrano é uma tradição exclusiva dos Campos de Cima da Serra, mantida e transmitida entre gerações há mais de 200 anos. Essa prática cultural reflete saberes e ofícios específicos da região, valorizando modos de fazer e celebrando as raízes históricas. Desde o início do projeto de certificação há duas décadas, coordenado pela Emater com apoio de instituições como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), esse reconhecimento é celebrado como um marco cultural e econômico. 

O extensionista da Emater em Bom Jesus, Orlando Junior Kramer Velho, falou que o reconhecimento reforça a importância do queijo serrano, um produto que faz parte da identidade regional e que contribui economicamente para as famílias produtoras. Alexander Ribeiro de Liz, produtor da Queijaria Chácara dos Padres, de Bom Jesus, ressaltou que o título representa o reconhecimento do Estado sobre o papel histórico e cultural do queijo serrano na colonização dos Campos de Cima da Serra.

Embora o produto já conte com a Indicação Geográfica de Origem e o selo Arte do Governo Federal, que permite sua comercialização em todo o país, o setor ainda enfrenta o desafio de ampliar o número de queijarias inspecionadas, atualmente em 17. O assistente técnico regional da Emater, João Carlos da Luz, comentou que a obtenção desse título demandou cinco anos de pesquisa e estudo, que garantem a preservação e valorização dessa tradição centenária para as futuras gerações.

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