A ação exitosa da Brigada Militar na captura da quadrilha que assaltou às agências bancárias Banrisul e Sicredi, e a lotérica Lazaretti em União da Serra no dia 4 de maio, deixará, por alguns dias, um ar de paz e tranquilidade nos municípios da Serra Gaúcha. Isso por que, segundo investigação do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil, o bando seria responsável por outros roubos, com o mesmo modo de operação, em cidades da região, inclusive no município uniserrano no dia 4 de fevereiro deste ano.

Os bandidos Edenir Vieira de Lima, 37 anos, Vanderlei Chaves, 41 anos, ambos mortos no confronto com os policiais militares na Capela Santo Antônio/Linha Nona, e Andrigo de Souza, 34 anos, e Robson dos Santos Oliveira, 20 anos – presos na ação e com prisão preventiva decretada, seriam “novatos” em roubos a bancos. Nenhum deles, segundo ficha criminal, foi preso por envolvimento nesta natureza de crime. Dos quatro envolvidos, três têm passagens por homicídio e um deles, o motorista do bando, é ficha limpa.

Apesar do sucesso na operação, com a recuperação do dinheiro roubado e a apreensão de armas, munições, coletes balísticos, toucas ninjas, entre outros, a investigação, com auxílio da Delegacia de Polícia de Guaporé, continuará. A Polícia Civil busca maiores detalhes sobre a quadrilha e suas investidas.

Os criminosos

Os criminosos presos em União da Serra tinham extensa ficha. Dos quatro, apenas Andrigo De Souza, motorista da quadrilha, não possuía passagens. Ele, que não estava no momento em que o bando entrou nas agências bancárias e na lotérica, mas veio resgatar os demais durante a tarde e a noite, tem apenas no sistema integrado da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, registros de trânsito. Robson, o mais novo do grupo, é acusado de homicídio doloso, roubo de veículo, roubo a estabelecimento comercial e tem passagem como adolescente infrator (tráfico de drogas). Estes dois elementos estão presos no Presídio Estadual de Guaporé.

Edenir Vieira de Lima e Vanderlei Chaves, mortos no confronto com os policiais militares, possuem diversas ocorrências. Lima é acusado de homicídio (2002), extorsão, roubo de veículo, receptação, direção perigosa, ameaças, furto qualificado, furto de veículo, posse irregular de arma de fogo, entre outras. Chaves tem registrado homicídio, tráfico de drogas, associação ao tráfico, roubo de veículos, outros crimes com arma de fogo, roubo a pedestre com arma de fogo, fuga do sistema prisional, entre outros.

Nenhum dos bandidos havia sido pego roubando agências bancárias, lotéricas ou joalherias no Rio Grande do Sul, crimes que são investigados pela equipe do Deic.