O Instituto de Gestão e Humanização (IGH) permanece a frente da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte até o final do mês. A partir de 1º de julho, a Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS) assume a administração do espaço por um ano, com possibilidade de renovação anual do contrato. Em entrevista à Tua Rádio São Francisco, o reitor da UCS, Evaldo Kuiava, detalha os moldes de gestão que será feita pela universidade.

Segundo ele, as principais mudanças estariam numa modificação no atendimento aos usuários, buscando diminuir a espera por um médico. Isso poderia ser obtido com o uso da telemedicina, que consiste na utilização dos meios virtuais para agilizar a entrega de exames e ampliar alguns diagnósticos ao paciente. Kuiava explica que seria realizado um atendimento à distância, por meio da conexão entre a unidade e o Centro Clínico da UCS, que envolve diversas especialidades médicas.

“Esse tipo de ação diminui o tempo de espera nas filas. Cito um exemplo, se alguém precisar de um especialista de uma determinada área e a UPA não possui, podemos conectar o usuário imediatamente ao médico que necessita. Ele não precisará ser atendido duas vezes, trará rapidez ao atendimento e faria com que ele procurasse a unidade para atendimentos mais complexos. São algumas melhorias que colocamos.”, detalha.

Com a saída do IGH, outra modificação estaria em um desligamento dos atuais funcionárias que atuam na UPA Zona Norte, uma vez que possuem contrato firmado até o final do mês com o instituto. Ao término, o vínculo com o Município e a unidade estaria finalizado. O reitor afirma que a ideia é que ocorra uma renovação com o quadro funcional atuante, apenas ficando em aberto os contratos da ala médica.

“Na questão dos médicos, estamos avaliando essa possibilidade [de renovação do contrato], pois já temos no hospital um acordo fechado com um grupo responsável por diversas áreas. Eles são contratados como empresa. Estamos avaliando de que maneira vamos atuar em relação ao tema.”, explica.

A partir de um estudo sobre a unidade, Kuiava ressalta que a UPA ganhará mais funcionários, a maioria da parte médica. A estimativa é que o espaço tenha mais de 200 funcionários. O reitor ainda estima que o repasse de cerca de R$ 2 milhões, que são destinados ao IGH, cairia em torno de 10% com a gestão indo para a Fundação.

Até o momento, ele ressalta que nenhuma ação foi tomada, pois necessita do aval da Câmara de Vereadores.

“A única coisa que fizemos foi ir a UPA para comunicar aos funcionários para que ficassem tranquilos, pois eles seriam os primeiros a terem os currículos analisados. Queremos aproveitar os funcionários qualificados, a fim de que, a partir do mês que vem, possam trabalhar vinculados a fundação.”, destaca.

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