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“Tarifa justa no transporte coletivo deveria ser de R$ 3,04, ou até menos”, afirma prefeito Daniel Guerra após apresentar dados técnicos

por Pablo Ribeiro

Guerra ainda afirmou que não se surpreenderia se, ao analisarem os dados, a justiça determinasse o valor da tarifa do transporte público coletivo menor do que R$ 3,04.

Foto: Divulgação

O prefeito de Caxias do Sul, Daniel Guerra (PRB) concedeu entrevista coletiva no Salão Nobre da Sede Administrativa na manhã desta quarta-feira (07). Guerra expôs os dados que contestam o valor da passagem do transporte público coletivo do município. De acordo com o prefeito, os dados levantados pela equipe técnica da prefeitura concluem que a tarifa deveria ser de R$ 3,04, ou menos.

Conforme um dos integrantes da equipe técnica e mestre em Engenharia Elétrica, Yuri Eduardo Caio, o cálculo tarifário realizado pela Visate se utiliza de uma metodologia criada nos anos 80, chamada de GEIPOT (Grupo Executivo de Integração de Política de Transportes) e é baseado no rateio de custos.

Segundo o engenheiro, com a evolução tecnológica de 30 anos, não houve revisão desta metodologia, gerando assim distorções, que são repassadas para a tarifa anualmente.

A Prefeitura entende que essa metodologia de cálculo tarifário gera um desequilíbrio econômico financeiro.

O método GEIPOT faz com que qualquer variação no custo seja repassada à população. Por exemplo: quanto maior o valor do combustível e o dissídio, e menor a vida útil dos pneus e do número de passageiros, consequentemente maior é a tarifa.

Outro exemplo trazido pelo prefeito é de que a CODECA (Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul) compra volumes menores de óleo diesel e mais barato que a Visate. Conforme Guerra, por ser o segundo item mais importante na composição dos custos, o Executivo solicitou à empresa o contrato de fornecimento de combustível para análise mais detalhada, porém, a concessionária se recusou, argumentando que se trata de informações privadas, vinculadas à estratégia de mercado.

Outro fator trazido é sobre a vida útil dos pneus. De acordo com o prefeito, a vida útil dos pneus é definida na planilha tarifária em 105.000 km. Porém, é menor do que em outras cidades estudadas, como Pelotas e Porto Alegre, que é de 160.000 km.

Devido às dificuldades em obter alguns documentos da Visate, Guerra afirmou que os solicitará através da Justiça.

Guerra ainda afirmou que não se surpreenderia se, ao analisarem os dados, a justiça determinasse o valor da tarifa do transporte público coletivo menor do que R$ 3,04.

Ainda de acordo com o Guerra, foram encaminhados ofícios pela Prefeitura com várias solicitações à Visate e estes não foram atendidos. O Executivo também solicitou notas explicativas aos balanços e demonstrativos de resultados, assim como vários outros dados para fazer uma análise mais detalhada da situação patrimonial da concessionária, porém, a Prefeitura não recebeu as informações. (Ouça o áudio da matéria com a entrevista com o prefeito Daniel Guerra).

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