O governador José Ivo Sartori recebeu o líder do Partido Verde, no Palácio Piratini. Na ocasião o deputado Reinelli informou Sartori sobre a Comissão Especial do Estado Resiliente, que ele presidirá na Assembleia Legislativa. O pedido para instalar a Comissão foi protocolado e contou com a assinatura de 43 parlamentares. Reinelli explicou que o objetivo é discutir e propor ações preventivas em diferentes áreas e envolver as comunidades para tornar as cidades sustentáveis e eficientes, construindo assim um Estado Resiliente, o que é uma necessidade urgente na nossa sociedade, ressaltou o deputado.

Reinelli quer levar o exemplo de Porto Alegre que, recentemente, apresentou uma estratégia de resiliência com suas diretrizes para tornar a capital mais segura e um lugar melhor para se viver até 2022, aos demais municípios. “É imprescindível tomar consciência de que o município é quem realiza a primeira resposta em situações de crises e emergências, desta forma, é fundamental que os governos locais e a sociedade civil organizada unam esforços, integrem todos os setores da sociedade e desenvolvam soluções inovadoras que engajem suas cidades na redução das vulnerabilidades. Desafio que a Comissão Especial do Estado Resiliente irá assumir”, concluiu o deputado que aproveitou para pedir o apoio do Governo do Estado.

Sartori disse que o tema “resiliência” é atual e de relevância, ainda mais com tantos eventos climáticos se repetindo e deixando estragos como aconteceu no final de janeiro em Porto Alegre e que a Comissão Especial do Estado Resiliente terá todo o apoio técnico e o que for necessário para alcançar seus objetivos, contribuindo com as comunidades e tornando os municípios mais seguros e eficientes nas ações de prevenção. 

O que é Resiliência. 

Conceito vindo da Física, definido como a capacidade de um corpo ou material de retornar ao seu estado inicial após serem submetidos a alterações e mudanças. O termo Resiliência, quando relacionado às cidades, entende-se como sendo aquela localidade capaz de resistir, absorver e de se recuperar de forma eficiente dos efeitos de um desastre bem como, de maneira organizada, prevenir que vidas e bens sejam perdidas. Mais recentemente, além de associado à capacidade das cidades de permanecer funcionando após terem enfrentado desastres como enchentes, inundações, deslizamentos, este termo tem sido associado ao planejamento de cidades sustentáveis. Ou seja, que tenham meios de gerar renda e oferecer qualidade de vida sem prejudicar o meio ambiente. Para isso são necessárias ações articuladas que envolvam as comunidades para que atuem coletivamente.

A Comissão Especial do Estado Resiliente vem ao encontro do atual cenário em que vivemos, uma vez que, as alterações climáticas já não são mais uma hipótese científica; elas já estão no quintal dos moradores da região Sul do Brasil. Os gaúchos das grandes cidades e do interior já podem perceber que o clima no nosso Estado não é mais o mesmo. Eventos extremos, como o furacão Catarina, estiagens severas, noites mais quentes e o aumento na frequência e na intensidade das pancadas de chuva podem ser apenas a ponta de um iceberg de mudanças climáticas que ainda estão por vir.

De acordo com Moacir Berlato, agrometeorologista da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, já foi constatado um aumento de 1,4ºC na temperatura mínima anual entre 1913 e 1998, no Rio Grande do Sul e as consequências das alterações precisam ser enfrentadas. 

De: Assessoria de imprensa/Paola Cestari