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"Pegamos a Prefeitura com um déficit de R$ 50 milhões", declarou prefeito Cassina durante a abertura do ano legislativo

Baixar Áudio por Isadora Helena Martins

O atual chefe do Executivo Municipal apresentou o diagnóstico das secretarias da situação encontrada após a saída do governo Guerra

Foto: Divulgação / Gabriela Bento Alves

O prefeito Flávio Cassina (PTB) esteve na Câmara Municipal de Caxias do Sul na manhã desta terça-feira (04) para participar da abertura do ano Legislativo. Cassina falou sobre o período de transição de governos, após a cassação do mandato do prefeito Daniel Guerra (Republicanos) e a eleição indireta que conduziu ele e Elói Frizzo (PSB) para comandar o Executivo Municipal. Ele classificou o processo como exaustivo e desafiador.

Depois, Cassina expôs o diagnóstico da situação da prefeitura. Segundo ele, o ex-prefeito, Daniel Guerra, deixou o Executivo com um déficit de R$ 49.979,976,00. “Vamos lá para 2017 como gostam de comparar. Como mostra o balanço oficial publicado na imprensa daquele ano, foram deixados R$ 57 milhões em caixa. Ao contrário, nós sim, pegamos a Prefeitura com um déficit de R$ 50 milhões. A Secretaria da Cultura, outro exemplo, pagou suas contas de 2019 com o orçamento de 2020. Como vamos reverter isso? Focando em ações para o aumento da arrecadação e algumas medidas de contenção de despesas internas”, disse.

O prefeito ainda salientou que houve falta de efetividade dos serviços de Assistência Social do Município nos últimos ano, o que acabou com um aumento de 150 para 700 moradores de rua em Caxias: “Sim, este dado é assustador! Hoje são no total 271 pontos da cidade com essas pessoas, alguns estão em situação tão crítica que podemos chamar de cracolândia. Claro que teve crise econômica neste meio tempo, muitas pessoas vieram para cá em busca de melhores condições, empregos. Mas, por outro lado, foram fechados serviços do Município e que nos auxiliavam neste sentido como o Caxias Acolhe, em parceria uma entidade da rede. Então, neste um mês de trabalho, a equipe da FAS está buscando novo espaço para a Casa de Acolhimento Sol Nascente, um novo local para atender a mais idosos e já está reestruturando o Centro Pop Rua. Estamos, junto com as entidades da rede assistencial que voltaram a ser nossas parceiras, em um Plano de Ação para minimizar as questões de vulnerabilidade social destas pessoas”, explicou.

Na área da Saúde, Cassina afirmou que a UPA Central foi aberta sem previsão orçamentária, ou seja, os repasses de cerca de R$ 2 milhões por mês não foram inclusos nos gastos da prefeitura para este ano. A falta do PPCI e da oferta de atendimentos em algumas especialidades são outro agravante que impedem os repasses estaduais e federais: “Ela não tem ainda a certificação necessária para o repasse do valor mensal pelo Estado e pelo Governo Federal. Então estamos deixamos de arrecadar 850 mil reais por mês em virtude disso. A empresa terceirizada recém contratou pediatras. Ainda falta a psiquiatria”.

Nas áreas da cultura, educação esporte e lazer Cassina salientou que o principal diagnóstico foi a falta de diálogo com a sociedade. Ele também destacou que ainda neste ano, a prefeitura deve iniciar alguma forma de ocupação da Maesa, para cumprir prazos firmados junto ao estado.

Na área da mobilidade e infraestrutura, Cassina alegou que recursos foram perdidos pela administração anterior: “Para surpresa de todos, haviam sido cancelados financiamentos já contratados e com licitação em andamento na ordem de 4 milhões de reais com a Caixa Federal para construção dos corredores de ônibus das ruas Marechal Floriano e Bento Gonçalves com possibilidades reais de, inclusive, perdermos recursos já destinados na ordem de 6 milhões de reais para a continuidade do programa de construção de Estações de Transbordo (EPIs). Abrimos negociações com a Caixa no sentido de recuperar esses investimentos por demais importantes para nossa cidade”.

O discurso de Cassina foi interrompido por manifestantes que estavam presentes na Câmara e que chamaram o atual prefeito de golpista. Após, Cassina concluiu firmando os compromissos da administração: “Em um ano não temos muito tempo de planejar e, sim, levantar a cabeça e trabalhar. Temos metas importantes a serem cumpridas como o projeto do Aeroporto de Vila Oliva, ocupação da maesa, edital do transporte coletivo e organização do caixa para o próximo prefeito. Isso, é claro, sem esquecer as pessoas. Precisamos ser rápidos na área da Saúde e assistência Social”.    

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