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Chuvas: Defesa Civil não registra problemas graves em Guaporé

por Eduardo Cover Godinho

Monitoramento dos pontos considerados críticos ao longo do Arroio Barracão é constante. Algumas estradas vicinais foram danificadas pelas fortes chuvas

Arroio Barracão foi monitorado 24 horas pela Defesa Civil de Guaporé
Foto: Divulgação

As fortes e intensas chuvas que atingiram o Estado do Rio Grande do Sul nos últimos dias trouxeram transtornos e destruição em muitas regiões. Famílias foram surpreendidas pela cheia dos rios e tiveram que abandonar às pressas seus imóveis. Muito do que havia dentro das residências, assim que a água baixar, irá para o lixo e pouco sobrará para contar a história. O recomeço será difícil para milhares de famílias, principalmente das regiões do Vale do Caí e Taquari. Na Serra Gaúcha e Planalto, os transtornos com desabrigados foram menores. A preocupação maior foi com a cheia dos arroios, córregos e com as estradas (rodovias, vias urbanas e vicinais). O mesmo registra-se em Guaporé.

A Defesa Civil Municipal, coordenada por Rafael Antônio Pisseti, monitora desde o domingo, dia 16 de outubro, o Arroio Barracão – que corta a cidade de Norte a Sul – e auxilia, através do trabalho do grupo de voluntários, as pessoas que enfrentam dificuldades devido às chuvas e temporais. Não houve registros de desalojados, destelhamentos e invasão de água nas residências. Foram mais de 200 milímetros de chuvas em poucos dias, segundo registros da própria Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, que também monitora o índice pluviométrico no município.

“O Arroio Barracão, com a excessiva quantidade de chuvas em pouco tempo, chegou no limite da calha, mas não saiu do leito nos pontos considerados críticos. Monitoramos 24 horas a vazão da água. Em alguns pontos da cidade houve o alagamento de ruas, nada considerado grave, devido ao entupimento das bocas de lobo. Algumas não suportaram a quantidade de água e transbordaram. Graças a Deus tudo sob controle e não tivemos maiores transtornos em Guaporé”, destacou Pisseti.

Uma queda de barreira foi registrada no interior do município na madrugada da quarta-feira, dia 19. Na estrada que liga o Bairro São José até a captação de água da Corsan o barranco de terra desmoronou sobre a estrada vicinal, causando a interrupção do tráfego de veículos. Uma máquina da Secretaria Municipal de Obras e Viação de Guaporé deslocou-se pela manhã e rapidamente liberou o tráfego.

Houve prejuízos em muitas estradas da zona rural. O deslocamento da produção primária está prejudicado. Na Linha Oitava Santo Antônio, produtores registraram a força das chuvas e a destruição de um dos trechos mais utilizados.

“Esperamos que a partir de janeiro as coisas realmente mudem para melhor. Antes das eleições eu achei bem engraçado que algumas pessoas falaram que o interior estava bom. Estava tudo certo. Com certeza quem falou é porque não mora no interior. Sempre foi esse lixo. Estradas sem valetas e puro buraco. Prometeram bueiros e nunca apareceram. O interior sempre foi deixado para última opção de ajuda. Quero deixar bem claro que a partir de janeiro as coisas vão mudar, pelo menos da Linha Oitava Santo Antônio, nem que eu tenha que dormir na frente da Prefeitura para garantir tudo o que o prefeito, vice e vereadores eleitos prometeram para o interior”, desabafou uma moradora na Rede Social (Facebook).

Além da Linha Oitava, agricultores de outras comunidades também estão com as estradas vicinais prejudicadas e a trafegabilidade para o escoamento da produção é dificultada pelas condições ruins dos trechos.

 

Rodovias

Nas rodovias da região foram registradas quedas de barreiras na ERS-129 entre Vespasiano Corrêa e Muçum (Km 89) e a interrupção do tráfego pela cheia do Rio Guaporé na ponte que liga os municípios de Guaporé e Anta Gorda, na localidade da Linha São Marcos (Usina). A ponte ficou submersa pelas águas. A estrada vicinal, que fica interrompida por tempo indeterminado, é a principal ligação entre as cidades, separadas por aproximadamente 20 Km. A via de chão batido (estrada vicinal) também apresenta pontos de dificuldades na trafegabilidade. Para quem necessita se deslocar entre Guaporé e Anta Gorda a principal ligação é pela ERS-129, passando por Encantado, e ERS-332. O trecho compreendido aumenta em 70 Km. A empresa Condori Transporte e Turismo, que efetua o transporte intermunicipal, cancelou as duas viagens diárias. A retomada das atividades só irá acontecer após o nível da água baixar. A ponte fica apenas 70 cm acima do rio quando ele está em nível regular.

O Pelotão Rodoviário Estadual (PRE) da Brigada Militar, de Casca, solicitou ao longo da semana que os condutores tivessem cuidado no deslocamento pelas rodovias, visto a grande quantidade de água na pista. Entre os trechos mais críticos, segundo os policiais, está Guaporé/Serafina Corrêa. São pelo menos oito pontos onde formam-se lençóis d’água na pista de rolamento. Um dos momentos mais críticos foi na segunda-feira, dia 17, a tarde. O transbordo de um riacho na Linha Oitava Santo Antônio colocou uma grande quantidade de água na pista. O volume era tão alto que veículos leves ficaram impossibilitados de passar na famosa reta do Betanin.

Não houve registros de alagamentos ou queda de barreiras nas ERS-441, entre Guaporé e Vista Alegre do Prata, e na ERS-431, entre Dois Lajeados e Bento Gonçalves.

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