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Funcionários da Codeca reivindicam fornecimento de EPIs e garantia de direitos trabalhistas

por Isadora Helena Martins

Empresa alega que crise financeira dificulta as operacionalizações internas e externas

Foto: Divulgação / Codeca

Por meio de uma paralisação que durou cerca de 2h30 realizada na tarde desta quinta-feira (17), funcionários da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul reivindicaram o fornecimento adequado de equipamentos de proteção para a realização dos trabalhos bem como a garantia de outros direitos trabalhistas.

Conforme o presidente do Sindilimp. Henrique Silva, que é um dos sindicatos que representa a categoria, a manifestação começou no setor de construção civil: “Nós temos conhecimento que eles estão pautando uma discussão sobre a base da insalubridade naquelas áreas onde existe o pagamento desse beneficio. Também está sendo colocado pelos trabalhadores essa questão dos EPIs e a gente tem feito um acompanhamento e u debate permanente com a direção da Codeca, no sentido que, nesse momento que a empresa vem sofrendo uma crise estrutural e financeira, é necessário garantir condições mínimas de trabalho”, explicou Silva.    

O presidente do Sindilimp afirmou que todos compreendem o momento crítico que a empresa está passando, mas que a busca pela garantia de alguns direitos irá continuar: “Nós temos que garantir aquilo que é princípio básico: a questão de salário, a questão relacionada ao pagamento de transporte e auxílio alimentação, e também a manutenção dos EPIs e da frota de uma forma segura, para que os trabalhadores possam desenvolver o seu trabalho no dia a dia”.

Em nota, a Codeca se manifestou sobre a situação, destacando a calamidade financeira da empresa: “Para se ter ideia, além do déficit de 30 milhões de reais acumulado nos últimos cinco anos, a empresa tem em média, no primeiro quadrimestre,  84% da sua receita comprometida com a folha de pagamento. Só no mês de abril, 98% destes recursos foram destinados para despesas de pessoal o que demostra a total dificuldade financeira da empresa”, destaca um trecho da nota.

A Codeca também afirma que, para poder contornar a atual situação e manter os empregos de 1,2 mil trabalhadores, o plano de ação inclui corte de gastos. Na nota a empresa também afirma que “esta administração está buscando diversas formas de redução de custos dentro das normas legais e vigentes e captação de novas receitas. Avaliações técnicas estão sendo feitas em todos setores. Já foram reduzidos, por exemplo, cargos de liderança, valores de horas extras entre outras”.


Veja a nota na íntegra:

Como é de conhecimento de toda a comunidade caxiense, a Codeca está passando pelo mais crítico momento financeiro de sua história. Para se ter ideia, além do déficit de 30 milhões de reais acumulado nos últimos cinco anos, a empresa tem em média, no primeiro quadrimestre,  84% da sua receita comprometida com a folha de pagamento. Só no mês de abril, 98% destes recursos foram destinados para despesas de pessoal o que demostra a total dificuldade financeira da empresa.

Para que a empresa se mantenha viva e para a manutenção do emprego de 1.200 trabalhadores, esta administração está buscando diversas formas de redução de custos dentro das normas legais e vigentes e captação de novas receitas. Avaliações técnicas estão sendo feitas em todos setores. Já foram reduzidos, por exemplo, cargos de liderança, valores de horas extras entre outras.

Importante salientar que a Codeca por toda sua responsabilidade social e por ser uma empresa pública tem o dever de garantir os direitos e deveres de todos, primando sempre pelo bom uso do erário público.

A Codeca precisa se reerguer e para isso medidas precisam ser promovidas imediatamente, o que está acontecendo desde os primeiros dias de 2021. Além da questão financeira, a população está exigindo um serviço de qualidade que é a obrigação da empresa, mas lamentavelmente a situação vem impactando na operacionalização dos serviços que sempre foram referência.

Nesta tarde, infelizmente o corpo diretivo, afastado devido à Covid, não estava presente na Companhia no momento de paralisação de um grupo restrito de colaborares o que acabou impedindo a empresa de cumprir parcialmente os compromissos com a comunidade como a coleta de resíduos e capina da tarde e as operações Tapa Buracos e Remendos que haviam sido retomadas nesta quarta-feira.

Esta é a nova realidade da Codeca. A Companhia precisa ser competitiva e ter total capacidade de manter os serviços pelo que é contratada com custo adequado e não acima da realidade do mercado. Todos devem estar unidos agora para salvar a empresa e não para afundar ou dizimar a Codeca que tem uma história linda com a cidade de Caxias do Sul.

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