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Indígenas de Campo do Meio fazem manifestação e pedem mais segurança

por Ana Lúcia Jacomini

Ouça a entrevista concedida pelo o vice-cacique, ao repórter Marcio Frozza

Índios da Tribo Kaingang que residem em Campo do Meio, zona rural do município de Gentil, no norte do RS, fizeram uma manifestação na tarde desta segunda-feira, 10/08. Infomações da Brigada Militar de Marau, apontam que a manifestação é pacífica. Eles reivindicam mais segurança para a localidade. "Só queremos mostrar que estamos aqui e que queremos conviver com segurança, se dando bem com o povo de Gentil", disse o vice-cacique, Isaias da Rosa Kaigõ. Eles bloqueiam uma estrada da comunidade, em frente a sub-prefeitura.

No início desse mês de agosto, o Conselho Indigenista Missionário - Cimi, revelou que o vice-cacique Isaías e a liderança Deivid Kaigõ sofreram um atentado a tiros, disparados por dois homens ainda não identificados. Eles trafegavam de carro, do entroncamento da BR-285 em direção à comunidade Campo do Meio, quando foram emboscados e o carro alvejado por tiros. Isaías foi atingido na região da coluna, e está com a bala alojada. Deivid não foi ferido.

Na nota, divulgada no site do Cimi, as lideranças da Comunidade Kaingang Re Kuju, de Campo do Meio, afirmam que comunicaram o fato às polícias, porém não teria ocorrido nenhuma diligência. Dizem, ainda, que formalizariam uma denúncia junto ao Ministério Público Federal de Passo Fundo, exigindo a identificação e criminalização dos autores. Eles estariam em uma caminhonete, segundo as vítimas, e este seria o terceiro atentado contra os indígenas de Campo do Meio, desde 2012.

Uma comissão está em Brasília, nesta segunda-feira, 10/08, debatendo assuntos como a segurança das Terras Indígenas do Rio Grande do Sul. Eles também solicitam que os governos enviem a merenda escolar para a Escola Indígena de Campo do Meio, que está em falta, segundo o vice-cacique, desde o início do ano. Reivindicam, ainda, melhorias no atendimento de saúde. Se não houver resultados a partir desta reunião na capital federal, os indígenas prometem bloquear a BR 285, entre Lagoa Vermelha e Passo Fundo.

Dalci Debastiani, pároco de Gentil, revelou para a Rádio Alvorada sentir o temor de que a localidade se torne um campo de batalha. "Que não se consiga mais haver controle da situação", segundo ele. Conforme o religioso, está nas mãos das autoridades políticas, principalmente do governo federal,  a solução do problema que vem se arrastando há mais de seis anos, com o entrave de demarcar ou não a região de Campo do Meio, como Terra Indígena.

"São muitas pessoas, entidades envolvidas no problema, mas ninguém resolve a situação, pelo contrário. O estado que deveria ser o mediador para a solução do conflito, é o que mais se omite", diz Padre Dalci.

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