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Romoaldo Corlatti: “sou muito povo”

por Pablo Ribeiro

Um dos maiores comunicadores de Caxias, Corlatti abriu o coração e contou suas histórias de vida no programa Conectado Perfil deste sábado

Foto: Daniel Rodrigues

“Cidadão brasileiro, caxiense, humilde. Me considero trabalhador, que acredita em dias melhores, apesar das dificuldades; que respeita o próximo, que gosta muito do ser humano, principalmente daqueles que são menos afortunados”. É assim que se define um dos maiores comunicadores de Caxias do Sul. “Romoaldo Corlatti é povo”.

O apresentador do programa Gente Nossa, da Tua Rádio São Francisco foi o entrevistado do Conectado Perfil deste sábado, dia 03/11. Ouça o programa AQUI.

O ano era 1961, mais precisamente, 12 de dezembro. Aqui mesmo, na terra da uva, nascia Romoaldo Corlatti. Caçula da família, Corlatti perdeu sua mãe quando tinha apenas quatro anos de idade. Ele e seus cinco irmãos foram criados pelo pai, Francisco Corlatti, que garantia o sustento da família vendendo café. “Meu pai era de Santana do Livramento. Minha mãe, de Guaporé. Quando meu pai veio à Caxias, ele morava no Desvio Rizzo e vendia frios, salame, linguiça. Posterior a isso, ele trabalhou vendendo o Café Obeon, que era o único café da cidade. O pai trabalhou por 30 anos lá”. Seu Francisco transmitiu muitos ensinamentos aos seus seis filhos. “Meu pai me ensinou a ter dignidade e respeitar o próximo”, revela.

Durante a infância, após as aulas nos colégios Aristides Germani e Santo Antônio, onde estudou, o então garoto Romoaldo Corlatti tinha uma paixão por jogos de botão, fazendo até campeonatos em casa, no bairro Rio Branco, onde se criou. A veia e o talento para a comunicação já eram demonstrados. “Eu brincava de ser o comentarista”, relembra.

Aos 12 anos, Corlatti teve seu primeiro emprego. Foi atendente de balcão no antigo Bar Cacique, que ficava na Avenida Rio Branco. O ano  “Naquela época tinha que pagar pensão para o pai, ajudar em casa, na conta da luz, da água, no rancho. Todo mundo ajudava”, conta.

 

O início na comunicação

Quando Corlatti completou seus 18 anos, ele conseguiu um emprego na antiga Metalúrgica Abramo Eberle (Maesa). Lá permaneceu durante nove anos. Paralelamente, ele já dava seus primeiros passos na comunicação. Aos sábados e domingos, Corlatti era auxiliar de plantão esportivo, na Rádio Caxias, trabalhando com o radialista Dante Andreis. Nos domingos que não tinha futebol, apresentava o programa Domingo Sem Bola. “Eu sempre tive o dom para comunicação. Eu tenho facilidade de desenvoltura, para o improviso, mas fora do microfone eu sou uma pessoa tímida”, revela.

Em 1988, Romoaldo Corlatti chegou à Rádio São Francisco. “No dia 4 de abril de 1988, bateu na minha porta o Antoninho Siqueira, gerente e diretor da São Francisco. Ele me convidou para trabalhar aqui, e eu topei”.

Na Rádio São Francisco, Romoaldo Corlatti começou apresentando o programa Show de Domingo, com quadros de musicas românticas, poesias e loterias. Após oito meses, Corlatti passou a apresentar o programa Agenda Fim de Semana.

Romoaldo Corlatti deixou a Eberle em 1989 para se dedicar exclusivamente à comunicação. Foi nesse período que o radialista tornou-se conhecido como o repórter dos bairros. Com um Fusca, Corlatti era o comandante da unidade móvel da Rádio São Francisco, com participações no programa do saudoso radialista Titio Homero Duarte, um dos líderes de audiência na época.

Como repórter policial, Corlatti teve a oportunidade de participar de coberturas jornalísticas memoráveis, de importância nacional, como o julgamento do assaltante de bancos, Dilonei Melara, que ficou conhecido por liderar o maior motim da história de Porto Alegre, no Presídio Central, em julho de 1994.

 

Gente nossa: a voz do interior

Todos os domingos, das 10h às 14h, Romoaldo Corlatti abre os microfones da Tua Rádio São Francisco para as pessoas do interior, dando vez e voz aos trabalhadores do campo. É o programa Gente Nossa, no ar desde 2008. “Eu não sou do interior, mas aprendi a gostar do interior. Esses guerreiros, essas pessoas trabalhadoras, que tem um papel tão importante: plantar, colher o alimento que nos sustenta. O Gente Nossa tem por objetivo valorizar essas pessoas. Eu sempre digo: as personalidades das festas são os cozinheiros, churrasqueiros, garçons, párocos, festeiros”.

Dedicação pelas filhas

Maytê e Juliana são os dois grandes amores da vida de Romoaldo Corlatti. E ele deixa isso marcado na pele. Nos dois braços estão tatuados os nomes de suas filhas. “Eu tenho muito orgulho de ter minhas filhas como referência”, conta emocionado.

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