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Escola de Caxias do Sul terá presença de militares a partir de 2020

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Ação faz parte do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares. Escolha será anunciada na próxima sexta-feira (27).

Foto: Divulgação

Caxias do Sul é uma das primeiras cidades que vai receber o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares no Rio Grande do Sul a partir de 2020. O projeto do Governo Federal consiste na destinação de militares da reserva das Forças Armadas ou de bombeiros e policiais militares para atuar dentro das escolas do país. O agente vai trabalhar como um monitor no ambiente de ensino para fortalecer os valores éticos e morais dos estudantes e assegurar o espaço escolar. O anúncio foi realizado, nesta quinta-feira (19/09), pelo secretário da Educação, Faisal Karam, e pelo deputado estadual Tenente-Coronel Zucco. Alvorada é outro município que vai acolher a iniciativa.

A cidade foi escolhida a partir de critérios técnicos, que levaram em conta o baixo desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e a situação de vulnerabilidade social. Uma escola caxiense vai abrigar o programa. Para Zucco, a presença dos militares vai ajudar a inibir pequenos conflitos entre alunos, resgatar o patriotismo e no respeito aos professores. “Os monitores vão passar questões de disciplina, de civismo, canto do hino nacional, a inibição ao consumo de drogas e o respeito ao professor. Só essas atitudes vão reverberar nas salas de aula.”, afirma.

As escolas que participarem do programa receberão R$ 1 milhão do Governo Federal para o pagamento dos militares, investimentos em pequenas reformas e na compra de materiais escolares. Elas ainda devem obedecer a requisitos: ter de 500 a mil alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental ou do Médio. A instituição será anunciada no dia 27 de setembro. Conforme o deputado, a escola de Caxias do Sul já foi escolhida, além do prefeito Daniel Guerra ter agradecido pela cidade receber o projeto. “Os diretores, tanto de Caxias como de Alvorada, já foram contatados, mas em respeito ao cronograma vamos apenas anunciar no dia 27 de setembro. Falei com o Prefeito (Daniel Guerra) que agradeceu a oportunidade (de receber o projeto).”, destaca.

Conselho Municipal de Educação é contra

No recesso escolar deste ano, essa proposta foi colocada pelo Executivo caxiense em uma reunião com sete diretores de escolas municipais, que alegaram a ausência de um projeto oficial pelas secretarias de Educação (Smed) e de Segurança Pública e Proteção Social (SMSPPS). Para a presidente do Conselho Municipal de Educação, Glaucia Helena Gomes, o programa deveria dar autonomia aos professores em questões disciplinares, afirmando que os militares não foram criados para lidar com estudantes. “Lamentamos, enquanto educadores, que muitas pessoas que não são da área acabam se envolvendo em questões que deveriam ser exclusivas para os técnicos (educadores). Então, já é uma caminhada muito árdua que os profissionais da educação têm que fazer para se empoderarem de sua profissão. Me parece que é com muita facilidade que as portas são abertas para outros profissionais (militares) que não tem esta caminhada junto a comunidade. Isso acaba fragilizando todo um processo educativo e acaba demandando para outras forças que não foram criadas com esse objetivo. Esta não é a finalidade dos militares.”, ressaltou

Até 2023, o Governo Federal pretende implantar o programa em 216 instituições espalhadas pelo Brasil. Ano que vem, o projeto vai atingir 54 escolas.

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