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Desemprego em Guaporé atinge números preocupantes

por Eduardo Cover Godinho

Saldo acumulado no ano entre admissão e desligamento é de 329 vínculos fechados, destaca publicação do Observatório do Trabalho da UCS

Foto: Divulgação

Se desse para apagar da história um ano na vida do trabalhador brasileiro com certeza a “borracha” seria passada nos 366 dias de 2016. A crise econômica, iniciada no ano anterior, mas que intensificou-se no ano passado, somada a falta de medidas eficazes dos Governos Federal, Estadual e Municipal, trouxe consequências catastróficas para muitos empregados e seus patrões. Cansados de amargar resultados negativos a cada término de mês, os empresários foram obrigados a enxugar seus quadros de colaboradores e isso ocasionou o aumento de pessoas desocupadas no mercado de trabalho. No Brasil, o ano encerra com acumulado de 1.321.994 desligamentos. São mais de 12 milhões de pessoas desocupadas. O Rio Grande do Sul conclui os dozes meses passados com 54.384 vínculos fechados.

A “bolha” de emprego, em que o município de Guaporé esteve até o começo de 2016, estourou e os dados divulgados não são favoráveis. Com economia diversificada, principalmente fomentada pelas indústrias de joias, lingeries, metalmecânico, fitness, moda praia, entre outras, sem contar no variado comércio, a cidade, mesmo com esforços do empresariado, amargou resultados negativos. Segundo dados divulgados pelo Observatório do Trabalho da Universidade de Caxias do Sul (UCS), o saldo acumulado do ano entre admissão e desligamento é de 329 vínculos fechados. No período, o setor que mais fechou postos de trabalho foi o da Indústria da Transformação com 288 desligamentos. Das atividades econômicas pesquisadas (Extrativa Mineral, Ind. Transformação, Serv.Ind.Util.Pública, Construção Civil, Comércio, Serviços, Adm. Pública e Agropecuária) apenas o setor do comércio é que registrou saldo positivo com 38 vagas abertas.

O professor Adalberto Ayjara Dornelles Filho, pesquisador do Observatório do Trabalho, destaca o momento delicado vivido no país que reflete diretamente na economia das cidades e na vida da população guaporense.

“Foi um ano bastante ruim do ponto de vista da economia no Brasil e isso reflete diretamente no mercado de trabalho. A dinâmica negativa fez com que houvesse mais demissões do que contratações em todo o território brasileiro. Salvo algumas atividades, com raríssimas exceções, o restante amargou números não positivos e o empresariado foi obrigado a demitir. O país, com problemas de ordem política que influenciaram na desestabilidade econômica, está tentando retomar o crescimento, mas isso não acontecerá nos primeiros meses do ano. O reflexo também está sendo sentido nas cidades, como Guaporé”.

A maior queda no emprego em Guaporé foi registrada no mês de dezembro. Foram 83 admissões registradas e 248 desligamentos, o que totalizou 165 pessoas a menos no mercado de trabalho. No período, o único setor que abriu postos de trabalho foi o da Agropecuária, com duas novas vagas. O setor que mais fechou postos de trabalho foi o da Indústria de Transformação, com 121 vínculos encerrados, seguido pelos Serviços, com 24 vagas fechadas.

O pesquisador explica que só a tão sonhada retomada da economia, esperada para esse ano, poderá estabilizar o saldo de empregos no Brasil. Ela salienta que há grande e real possibilidade de Guaporé, pela visão empreendedora, dar a volta por cima e fechar a temporada em dezembro de 2017 com dados estatísticos positivos.

“Existem boas perspectivas para Guaporé e região ao longo do ano. Não vou arriscar, mas acredito que fecharemos com saldo positivo no mercado de trabalho em 2017. Se houver números favoráveis, eles não serão expressivos”.

A carta do mercado formal de trabalho da Região de Abrangência da UCS apresenta à comunidade dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego.

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