Você está ouvindo
Tua Rádio
Ao Vivo
14:00:00
Em Alta
18:00:00
 
 

“A justiça foi feita”, diz presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais sobre a retirada dos agricultores da reforma da Previdência

Baixar Áudio por Isadora Helena Martins

Rudimar Menegotto concedeu entrevista durante o programa Conectado desta segunda-feira (17) e também falou sobre a preocupação dos produtores com o calor fora de época

Foto: Divulgação / Agência Brasil

O texto da reforma da Presidência apresentado pelo relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), na última quinta-feira (17), amenizou os efeitos das mudanças para os trabalhadores rurais. De acordo com a proposta do Governo, a idade mínima para a aposentadoria de homens e mulheres que trabalham na agricultura seria de 60 anos, com 20 anos de tempo de contribuição para ambos os sexos. Porém, com as mudanças propostas pelo relator, a idade mínima para as mulheres se aposentarem continua em 55 anos, com 15 anos de contribuição. E a única mudança para os homens será o aumento de 15 para 20 anos de contribuição. As demais regras de aposentadoria para o setor permanecem as mesmas das regras atuais.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Caxias do Sul, Rudimar Menegotto, as alterações propostas pelo relator da reforma da Previdência não são uma vitória para a categoria, mas sim a justiça que foi feita. “Os sindicatos, os agricultores e a própria federação nunca foram contra a reforma, mas, da forma como ela foi enviada, justamente atingindo quem menos ganha, que é o caso dos agricultores”, afirmou.  

Para Menegotto, a cedência por parte do governo se deu a partir da pressão exercida pela categoria e por outras entidades que pediram a retirada dos trabalhadores rurais da Reforma da Previdência. Quanto ao relator, Samuel Moreira, o presidente do sindicato disse que houve uma sensibilização: “Ele esteve em Porto Alegre, foi entregue um abaixo assinado, que inclusive muitos agricultores de Caxias do Sul e região assinaram, pedindo que deixasse de fora os agricultores familiares. A conversa com todos os deputados gaúchos, todas as moções que foram feitas, o apelo dos prefeitos, da Câmara de Vereadores, tudo isso se somou para que o relator se sensibilizasse que os agricultores não são o problema se existe rombo da Previdência”.

Sobre as alterações nos valores da contribuição, Menegotto acredita que um regramento de valor mínimo pode até auxiliar alguns agricultores. “Isso não é o problema pra nós, porque nós contribuímos e ao mesmo tempo tem agricultores que até contribuem mais do que esse valor que o governo tem em vista. Então, de forma nenhuma, acredito que isso vai prejudicar o Brasil, justamente pra aquela classe trabalhadora e que ganha menos. O problema está nos autos salários e nas regalias que existem e que a gente sabe”.

Presidente do sindicato também comentou durante a entrevista sobre a demora nos processos para a aposentadoria dos trabalhadores do campo. “Se sabe que, está em todo o país, demorando seis sete meses até a concessão, mas isso é por falta de pessoas, de recursos humanos. Mas, quanto ao encaminhamento, o próprio INSS digital está funcionando muito bem”.

 

Clima pode prejudicar a produção agrícola na Serra Gaúcha    

Segundo Rudimar Menegotto, o calor que eleva as temperaturas em todo o Estado preocupa os agricultores. “Na história não lembro de ter calor tão forte no mês de junho. Nós temos relatos de alguns agricultores que inclusive o pêssego, as frutas mais precoces já estariam florescendo. E isso é preocupante porque nós precisamos que as frutas e as plantas entrem em dormência e praticamente isso não aconteceu porque não houve frio. E isso é muito preocupante. Se não vier logo esse frio nós podemos ter vários problemas na próxima safra, como queda da produção”, salientou.

Menegotto ainda salientou que o calor também impacta o setor vitivinícola devido à baixa nas vendas. “ Conversando na semana passada com os produtores, a venda de vinhos está em baixa justamente porque a propaganda do vinho é o frio e isso acaba atrapalhando. Esperamos que esse frio venha mesmo, porque se não tivermos esse frio podemos ter sérios problemas”.

Ouça a entrevista completa no link abaixo da foto.             

Central de Conteúdo Unidade Tua Rádio

Enviar Correção

Comentários

Newsletter Tua Rádio

Receba gratuitamente o melhor conteúdo da Tua Rádio no seu e-mail e mantenha-se sempre atualizado.

Leia Mais