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Palestrante afirma que Investimento em genética é garantia do futuro da pecuária

por Aldoir Santos

Palestra foi realizada durante programação da Expovac

Mateus fez palestra em Vacaria
Foto: Divulgação/ Vytoria Paulo

Com base em dados do Ministério da Agricultura (Mapa), até 2028, a expectativa é de que a produção de carne bovina, o consumo e as exportações aumentem 22,7%, 17% e 36%, respectivamente. Para conseguir suprir essa demanda, pecuaristas terão de se adaptar e buscar alternativas para ter mais produtividade dentro de suas porteiras. É o que alerta o médico veterinário Mateus Pivato, gerente de fomento da Associação Brasileira de Angus, que palestrou durante o Circuito Touro Angus Registrado em Vacaria (RS), na sexta-feira (12/10). O evento integrou a programação da 54ª ExpoVac, e contou com a presença de aproximadamente 50 pessoas.

Ainda segundo dados do Mapa, só na região Sul, a produtividade de grãos aumentará 24,8% em 10 anos, e a área plantada, 7,5%. “Essa área era terra que se usava para pecuária”, afirmou Pivato. Por essa razão, é necessário que se produza mais com menos. “Menos água, menos terra e menos mão de obra”. Essa lógica, segundo o veterinário, significa produzir na vertical. Nesse cenário, Pivato destacou os benefícios que o melhoramento genético e a seleção de animais trazem para as propriedades, além dos investimentos em nutrição e sanidade.

A Angus, nesse sentido, traz vantagens ao produtor por suas características intrínsecas da raça, como habilidade materna, precocidade, produção de carne de qualidade, variabilidade genética e facilidade no parto. Pivato citou a importância de prestar atenção nas vacas, que são “a máquina de trabalho nos rebanhos de cria”. Segundo o gerente, as matrizes devem parir sem ajuda um terneiro viável ao ano, sem falhar.

A escolha dos touros, por sua vez, não têm “receita de bolo”, já que cada proprietário sabe o sistema que tem na sua fazenda. O correto, segundo Pivato, é usar reprodutores registrados e selecionados, o que garante o desenvolvimento genético do rebanho. “Quem registra e faz seleção trabalha só com animais genealogicamente superiores”, destacou. O investimento nesses animais tem retorno garantido, que se paga com os quilos dos terneiros vivos, frutos da reprodução com esses touros. “Se o filho dele pesar cinco quilos a mais que o filho de um touro que não sabemos qual é a procedência, já está pago o investimento inicial”, afirmou Pivato, citando os programas promovidos pela Associação que valorizam e bonificam produtores, como o Terneiro Angus Certificado e o Programa Carne Angus Certificada.

Ao final do evento, os participantes puderam provar, na prática, a qualidade da carne Angus, com cortes de entrecot preparados pela dupla de churrasqueiros Vinícius Martini e Clodoaldo Santos.

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