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Sou uma boa mãe para mim?

Neusa Picolli Fante

 

Este é o novo questionamento que me confronto. Acredito que é para mim e para muitas mulheres que assim como eu, em determinado momento, precisam olhar para si e perceber que cuidam mais do outro do que de si mesmas. E falo no sentido profundo do cuidar-se... Aquele que não tem meias verdades, partes de vontade... Aquele intenso, verdadeiro, profundo cuidar-se.

Aquele que apesar de aparecer resquícios de dor cicatrizada, ou em aberto - sangrando, seguem em construção. No cuidado - com olhar atento para si mesmo...

Dessas mulheres que buscam atender as expectativas dos que a rodeiam e esquecem que os desejos do outro a ele pertencem. Aquelas que necessitam virar o espelho para si. Que não se enxergam como ser necessitado de cuidados, só como alguém sempre disposto a auxiliar.  

Esquecem de si e não se colocam como importante na sua vida. Colocam-se significativamente para ajudar o outro sentir que é parte, que tem suporte.

Reaprender, ou quem sabe aprender pela primeira vez, a se olhar e se amar com suas qualidades e defeitos é um grande desafio.

Imagens que ressaltam a memória. Seja do afago ao filho, diante da finitude, seja de gestos simples que nos abraçam em momentos difíceis - é a acolhida através do gesto de amor que transcende tempos e vivências, que junta histórias, abranda dores, limpa feridas...

Deixo um questionamento para você, independentemente do gênero: - Quando você é o seu maior colo - o seu colo de mãe para você mesmo?

 

 

Sobre o autor

Neusa Picolli Fante

Psicóloga Clínica e Especialista em Teoria, Pesquisa e Intervenção em Luto. Graduada em Comunicação Social.  Autora do livro Caminho dos Girassóis: Uma abordagem sobre o luto, Dor sem Escuta, Entrelinhas da Vida, Quintais da Minha alma.

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