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Papa Francisco: as primeiras palavras (I)

Miguel Debiasi

Alguns leitores solicitaram-me que escreva algo sobre o Papa Francisco. Justifico que até então não dei destaque em artigos porque toda mídia internacional, nacional e local divulga de forma ampla o que Francisco faz, diz e publica. Em atenção ao pedido apresento alguns artigos comentando elementos do pontificado de Francisco.

Mirando, a partir do pedido, alguém poderia dizer que o Papa Francisco não é uma unanimidade. Mas, todos hão de concordar que ele faz toda a diferença para a Igreja e para a humanidade neste momento histórico de falta de capacitados estadistas e de bons líderes. Registra-se que nele tudo impressiona e encanta ao mundo, a iniciar pela sua eleição. Em 13 de março de 2013, no segundo dia do conclave, em tempo rápido, é eleito o cardeal Jorge Mario Bergoglio, conhecido por poucos, e seu nome nem constava na lista dos favoritos da imprensa mundial. Surpreende por não seguir o óbvio histórico das eleições papais, nas quais os escolhidos foram todos europeus. Portanto, é o primeiro investido como bispo de Roma não europeu.

É também o primeiro do continente americano e o primeiro jesuíta a ser eleito papa. Poucos sabem que na Capela Sistina, quando lhe foi perguntado se aceitava a escolha, na resposta deu a essência de um fiel seguidor de Cristo: “Eu sou um grande pecador; confiando na misericórdia de Deus, no sofrimento, aceito”. Na sacada central da Basílica de São Pedro, ainda sem a veste papal, suas primeiras palavras ao saudar a multidão apontavam naquele momento uma nova direção para a Igreja: “Vós sabeis que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma. Parece que os meus irmãos Cardeais foram buscá-lo quase ao fim do mundo… Eis-me aqui”!

E prosseguiu seu breve discurso surpreendendo com palavras e gestos: “E agora iniciamos este caminho, Bispo e povo... Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós. Rezemos sempre uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade. Espero que este caminho de Igreja, que hoje começamos, seja frutuoso para a evangelização”. E terminou a primeira manifestação pública pedindo: “E agora quero dar a bênção, mas antes, peço-vos um favor, que rezeis ao Senhor para que abençoe a mim. Façamos em silêncio esta oração vossa por mim”.

O novo Papa abaixou a cabeça e a multidão silenciou em oração. Com este singelo gesto do novo pontífice iniciava uma nova primavera na vida da Igreja. Um novo tempo com a força da simplicidade, humildade, misericórdia, profecia. Seu olhar aos pobres e a dedicação à humanidade revela um homem da paz, do amor, da oração. Por ora, deixo os primeiros elementos procurando atender a tarefa de significar para os leitores a importância do Papa Francisco. Acompanhe no próximo artigo informações sobre as publicações de Francisco.

Sobre o autor

Miguel Debiasi

Frade da Província dos Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Mestre em Filosofia (Universidade do Vale dos Sinos – São Leopoldo/RS). Mestre em Teologia (Pontifícia Universidade Católica do RS - PUC/RS). Doutor em Teologia (Faculdades EST – São Leopoldo/RS).

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