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Nossa responsabilidade

Miguel Debiasi

A Igreja Católica no Brasil tem por motivação inicial da quaresma propor com a Campanha da Fraternidade uma questão problemática da sociedade para a reflexão em vista de soluções. A questão de 2016 é o saneamento básico. Como tema motivador escolheu “casa comum, nossa responsabilidade” com o lema “quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24). Ao considerar o saneamento básico fator importantíssimo para garantir a saúde integral e qualidade de vida, desafia-se cristãos e cidadãos para uma ampla discussão a fim de se chegar a viáveis políticas públicas.

A Campanha de 2016 pela quarta vez é ecumênica, realizada pelas Igrejas que integram o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC). O tema da Campanha apresenta sempre o objeto da reflexão, e o lema indica a direção para buscar meio de transformação. Dessa forma a Campanha educa a todos para a vida de fraternidade com base no amor e na prática da justiça, exigências do Evangelho.

Os objetivos da Campanha demonstram a preocupação com a questão do saneamento básico. São eles: a) Unir Igrejas, diferentes expressões religiosas e pessoas de boa vontade na promoção da justiça e do direito ao saneamento básico; b) Estimular o conhecimento da realidade local em relação aos serviços de saneamento básico; c) Incentivar o consumo responsável dos bens da natureza, especialmente a água; d) Apoiar e incentivar os municípios para que elaborem e executem o seu Plano de Saneamento Básico; e) Denunciar a privatização dos serviços de saneamento básico, pois eles devem constituir política pública, obrigação do Estado.

Apresentadas as motivações, a questão a ser debatida é imprescindível para o futuro da humanidade e para o desenvolvimento do mundo. Em 2015 o Papa Francisco lançou a Encíclica “Laudato Si”, na qual propõe a todos a busca de um desenvolvimento sustentável e uma prática ecológica integral, colaborando na construção e conservação do planeta Terra, nossa “casa comum”.

Sem dúvida, o papa considera todo o esforço feito pelos movimentos ecológicos, mas alerta que no esforço pelo cuidado da natureza ainda há muita indiferença, acomodação e falta de solidariedade universal. O papa alerta também que os compromissos assinados nas conferências mundiais sobre o meio ambiente têm sido descumpridos até pelos países signatários dos documentos. Como consequência observam-se alterações climáticas que ameaçam a vida na Terra se não forem tomadas medidas urgentes. Mudar a consciência para não mudar o planeta Terra é tarefa pessoal, coletiva e mundial, alerta a Campanha da Fraternidade.

Sobre o autor

Miguel Debiasi

Frade da Província dos Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Mestre em Filosofia (Universidade do Vale dos Sinos – São Leopoldo/RS). Mestre em Teologia (Pontifícia Universidade Católica do RS - PUC/RS). Doutor em Teologia (Faculdades EST – São Leopoldo/RS).

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