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Gratidão, Paixão e Esperança

Miguel Debiasi

Neste ano de 2016, a Província dos Freis Capuchinhos comemora 120 anos de presença no Rio Grande do Sul e escolheu como lema para celebrar o evento Gratidão, Paixão e Esperança. O lema faz alusão à mensagem do Papa Francisco, dirigida em 2 de fevereiro de 2015 aos religiosos por ocasião do Ano dedicado à Vida Consagrada. Na mensagem, o papa dizia: “olhar o passado com gratidão, viver com paixão o presente e abraçar com esperança o futuro”. Com este espírito, os freis capuchinhos do Rio Grande do Sul, junto às comunidades e segmentos sociais, querem celebrar 120 anos de presença.

A abertura do evento aconteceu em 17 de janeiro último, com um programa radiofônico, “Razões da Fé”, e com a liturgia eucarística celebrada nas paróquias vinculadas à Rede Sul de Rádio e à Maisnova Fm. O evento celebrativo visa resgatar a história da presença dos Capuchinhos na Igreja e para o desenvolvimento das cidades, regiões e Estado. A comemoração dos 120 anos de presença Capuchinha nos remete aos primórdios da imigração italiana e da Igreja no Estado gaúcho.

Após várias tentativas frustradas, Dom Cláudio Ponce de Leão, o bispo do Rio Grande do Sul, solicitou ao Papa Leão XIII que enviasse missionários para um socorro espiritual aos imigrantes italianos. Por essa razão missionária, em dezembro de 1895 dois frades franceses da Província de Savoia, frei Bruno de Gillonnay e frei Leão de Montsapey, na companhia do ministro provincial, frei Rafael de La Roche, embarcaram rumo ao Sul do Brasil.

Em 2 de janeiro de 1896, chegaram a Porto Alegre e Dom Cláudio convidou os frades para assumirem a igreja Nossa Senhora das Dores. Mas, a opção dos freis foi pela antiga colônia Conde D’Eu, hoje Garibaldi, para trabalhar com os imigrantes italianos. Após viajar de barco até Montenegro e depois de vários dias de viagem de carroça chegaram a Garibaldi em 18 de janeiro de 1896.

A mística e o entusiasmo missionário dos freis capuchinhos em pouco tempo estavam presentes em muitas cidades do Estado e até além-fronteiras do país. Cita-se Portugal, África, Nicarágua, República Dominicana, França e Haiti. No Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Rondônia, São Paulo. Uma missão tão promissora que em 1942 a presença dos frades foi elevada à categoria de Província.

Hoje, a Província é considerada a maior do hemisfério Sul e está entre as cincos maiores do mundo. Atualmente, a Província conta com 246 frades, sendo 180 no Rio Grande do Sul e Santa Catarina; 45 na Custódia Provincial Brasil Oeste – Mato Grosso e Rondônia e 21 na Delegação Provincial do Haiti. Em Marau, Itapuca, Nicola Vergueiro, Camargo e Nova Alvorada são 20 frades. Na próxima crônica, acompanhe um relato sobre a presença dos freis capuchinhos na cidade de Marau. 

Sobre o autor

Miguel Debiasi

Frade da Província dos Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Mestre em Filosofia (Universidade do Vale dos Sinos – São Leopoldo/RS). Mestre em Teologia (Pontifícia Universidade Católica do RS - PUC/RS). Doutor em Teologia (Faculdades EST – São Leopoldo/RS).

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