Brigas generalizadas, aglomerações, confusão e vidros quebrados. Este era o cenário do Largo da Estação Férrea na noite deste domingo (27), no bairro São Pelegrino, em Caxias do Sul. Um evento de carnaval, organizado por meio de redes sociais, resultou em agressões com garrafas entre alguns dos participantes, e terminou em confronto com a Tropa de Choque da Brigada Militar. Durante as brigas, duas pessoas ficaram feridas. Várias imagens do tumulto circulam pelas redes sociais.

Em entrevista à Tua Rádio São Francisco, na manhã desta segunda-feira (28), o subcomandante do 12º Batalhão de Polícia Militar de Caxias do Sul (12º BPM), major Emerson Ubirajara de Souza, afirmou que a realização do evento não estava autorizada pelos órgãos de segurança da cidade, e não foi informada previamente.

Ouça AQUI a entrevista com o major Emerson Ubirajara de Souza.

Moradores e comerciantes das proximidades do local informaram a Brigada Militar sobre o tumulto, relatando sobre as brigas. Devido à grande aglomeração de pessoas, seria necessária a ação da Tropa de Choque da Brigada Militar que, no momento, atuava no jogo entre Caxias e Avenida, no Estádio Centenário. Após a partida, os policiais se deslocaram à Estação Férrea. Algumas pessoas tentaram resistir, arremessando garrafas contra a Tropa de Choque, que teve que agir utilizando bombas de gás para dispersar o público. “Só uma viatura não resolveria o problema, e poderia haver hostilidade (contra os policiais), como já ocorreu. No sentido de preservar nossos policiais, após o evento, as guarnições foram deslocadas ao local”, relata o major Ubirajara.

Tumulto semelhante havia sido registrado na madrugada do dia 16 de dezembro de 2018. A partir dessa ocorrência, Prefeitura e Brigada Militar estudaram ações de segurança no local. Ainda de acordo com o subcomandante do 12º BPM, a Brigada Militar continuará realizando ações rotineiras esporadicamente na Estação Férrea. “Caxias do Sul é uma cidade de 500 mil habitantes. Ela não se resume apenas na Estação Férrea. Neste fim de semana estivemos na área rural, em alguns bairros para coibir homicídios e jogos de futebol, onde empregamos parte do efetivo. Lidamos com Estação Férrea dentro da nossa capacidade”.

Segundo o major Ubirajara, a solução para a Estação Férrea não passa apenas pela presença física de policiais no local. “Temos que tornar a Estação Férrea um lugar atrativo para quem não quer fazer desordem”, diz. Ele também defende uma revitalização da Estação Férrea. “O local é mal iluminado e não tem vigilância de monitoramento. Aquela área tem que ser não atrativa para desordeiros”, finaliza Ubirajara.