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Por mais de 6 horas, CPI da Saúde ouve a secretária da pasta sobre políticas do setor

por Clayton Camargo

Os vereadores integrantes questionaram, sobretudo, a situação das gestões nas UPAs

Foto: Andrielly Martins

Seis horas e dez minutos foram a duração da oitiva com a secretária municipal da Saúde, Daniele Meneguzzi, entre a tarde e a noite desta terça-feira (05/09), no plenário do Legislativo caxiense. Ela atendeu a uma convocação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara, que investiga o setor e a gestão nas unidades de pronto atendimento (UPAs) Central e da Zona Norte. Na condução das atividades, estava o presidente do grupo de trabalho, vereador Rafael Bueno/PDT.

A partir de um revezamento entre os vereadores integrantes, que faziam considerações, a chefe da pasta prestava informações. Enquadrou a UPA Central, que é licitada para o Instituto Nacional de Pesquisa e Gestão em Saúde (InSaúde), e a UPA da Zona Norte, conveniada com a Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS), no formato de planos e metas. Trata-se de controle do trabalho e de penalizações quando não executado.

De acordo com Daniele, quanto a multas por descumprimento de cláusula contratual, tem outra forma de punição, que se dá por meio de processos administrativos. Afirmou que a UPA Central teve duas penalizações. Uma delas foi relacionada ao fato de um menino que teve o seu atendimento negado pela enfermeira, ficou numa calçada, para, depois, ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Disse que o InSaúde foi multado em R$ 23.238,80, diante de uma falta considerada grave.

A segunda penalização ao InSaúde se deveu a pagamento indevido de horas médicas de pediatras, identificado em 2022, através das fiscalizações da Secretaria da Saúde. “Houve registros de horas que, efetivamente, não foram prestadas. Isso representou um valor retroativo de R$ 1.314.533,00. Ambos os processos foram finalizados e se encontram em fase de pagamento”, garantiu a secretária.

Também veio à tona uma sentença do Ministério Público (MP), de 2022, por meio da qual a gestão da UPA da Zona Norte deveria ser por meio de edital de licitação, a exemplo de como ocorre na UPA Central. Só que, atualmente, o contrato com a FUCS, na unidade da Zona Norte, é pelo formato de convênio. A Prefeitura recorreu da decisão do MP.

Com relação ao término dos contratos de gestão compartilhada em ambas as UPAs, que se dará em 31 de dezembro deste ano, a secretária admitiu que ainda não existe uma definição sobre renovar os termos ou abrir novos editais licitatórios.

Outra questão se voltou ao porquê de não serem potencializados mais investimentos na atenção básica. A chefe da pasta ponderou que, apesar dos esforços da equipe, a média e a alta complexidade têm absorvido a maior parte dos recursos. Atentou que, hoje, um decreto municipal veda a criação de novos cargos, devido ao limite prudencial com gasto em folha de pagamento.

Até o momento, já foram ouvidos, de maneira presencial, outros dois depoentes. São eles: o diretor da UPA Central, Alessandro Ximenes (28/08), e a diretora da UPA da Zona Norte, Renata Demori (31/08).

O funcionamento da CPI está previsto para 120 dias, contados de 3 de julho passado. Além do presidente Bueno, outros 14 parlamentares assinaram o ofício 379/2023, que originou a CPI. Também fazem parte da comissão o vice-presidente dela, vereador Maurício Scalco/NOVO, e a relatora, vereadora Estela Balardin/PT. Completam a formação de dez integrantes os parlamentares Adriano Bressan/PTB, Alberto Meneguzzi/PSB, Alexandre Bortoluz/PP, Olmir Cadore/PSDB, Renato Oliveira/PCdoB, Rose Frigeri/PT e Velocino Uez/PTB.

 

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