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Imigrantes enfrentam dificuldades para ingresso no mercado de trabalho formal em Caxias do Sul

por Isadora Helena Martins

Conforme coordenador da agência FGTAS/SINE, Maurício Adamatti, muitos possuem graduação, especializações e cursos técnicos, mas competitividade gerada pela alta no desemprego dificulta contratações

Foto: Divulgação

A busca por uma oportunidade no mercado de trabalho formal é uma realidade de cerca de 12,8 milhões de brasileiros, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua). A pandemia também impactou no fechamento de postos de trabalho e gerou dificuldades para a criação de novas vagas.

Porém, além dos brasileiros na busca por empregos há parcela da população composta por imigrantes que também está enfrentando dificuldades para se inserir no mercado de trabalho. Conforme o coordenador da Agência FGTAS/SINE de Caxias do Sul, Maurício Adamatti, o número de estrangeiros em busca de emprego neste ano cresceu, porém a taxa de desemprego no país deixa o mercado mais competitivo o que dificulta a colocação deles no emprego formal. “Conforme as pessoas estão sendo demitidas, o currículo delas fica disponível e é muito alto, então se cria uma competitividade muito maior entre os próprios brasileiros. Para a pessoa que é estrangeira ela tem que concorrer com os brasileiros e, às vezes, o empresário faz a discriminação porque ela é estrangeira”.

Adamatti também afirmou que muitos imigrantes que buscam a colocação no mercado de trabalho possuem altos níveis de qualificação. “Os currículos de alguns venezuelanos são excelentes, contêm uma, duas graduações, cursos técnicos. Porém eles não conseguem se encaixar no mercado de trabalho, pois não são dadas oportunidades para eles”.

Conforme o coordenador da agência FGTAS/SINE, a entidade estava alinhando estratégias junto á Prefeitura de Caxias do Sul para criar parcerias com empresas para colocar os trabalhadores imigrantes no mercado formal de trabalho, porém a pandemia e a crise econômica impediu o andamento de alguns projetos. Adamatti também defendeu que o assunto deve ser avaliado em âmbito federal, no sentido de criar oportunidades para que os estrangeiros acolhidos no país possam ter uma vida digna: “A gente precisa criar essa força pra poder dar uma chance também para essas pessoas que merecem, porque estão aqui no nosso País e não podem ficar em estado de vulnerabilidade”. Ouça a entrevista completa AQUI.

 

Caxias do Sul está no ranking das cidades que mais criaram vagas de trabalho no primeiro semestre

Mesmo com as dificuldades econômicas devido à pandemia do novo coronavírus, a agência SINE de Caxias do Sul foi a terceira do Estado a ofertar mais vagas de trabalho no primeiro semestre: 921.

Conforme Adamatti, as áreas de higienização industrial, mecânica e auxiliares de eletricistas foram as que mais contrataram nos primeiros seis meses do ano. Ele também explicou como está funcionando o atendimento na agência FGTAS/SINE tanto para o encaminhamento para o mercado de trabalho quanto para o seguro-desemprego. Ouça AQUI.       

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