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Pouca chuva prejudica produção agropecuária no RS

Baixar Áudio por Isadora Helena Martins

Na Serra Gaúcha, a fruticultura é a mais afetada

Foto: Divulgação / Nádia Magni

A estiagem que acometeu o Rio Grande do Sul em dezembro do ano passado e início de janeiro deste ano impactou na produção agropecuária do estado. Mas, conforme o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Todeschini, as estatísticas apontam que a região tem uma característica de apresentar um período de seca a cada sete anos: “A última foi em 2011 e 2012; foi bastante sério o problema que ocorreu bem nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Então se nós pegarmos os anos de 2004-2005 e 2011-2012 para 2019-2020 dá exatamente o período de sete anos”.    

Todeschini também destacou que a chuva dos últimos dias não foi suficiente para reparar os danos causados pela estiagem, mas que deve pelo menos estancar o avanço dos estragos: “A chuva foi geral, não uniforme, mas deve estancar os problemas se tivermos mais chuvas nos próximos dias”.

Sobre os danos, o engenheiro falou sobre as culturas mais afetadas: “O milho. Mais próximo de Caxias do Sul e Bento Gonçalves não sente muito, mas Vacaria, Guaporé, Nova Bassano e São Jorge dependem muito de milho. A produção leiteira não está muito afetada agora, mas, daqui a alguns meses a queda vai ser muito maior, porque o pessoal está fazendo silagem possivelmente com palha sem espiga, com qualidade muito baixa da parte energética que é o grão e a pastagem não está acontecendo”.   

Dentro da fruticultura, Todeschini salientou os impactos na produção de pêssego e maçã: “O pêssego, no final da colheita do ciclo médio ele tem um calibre bem mais fino, muitas frutas amoleceram no pomar e perderam a qualidade para serem ofertadas no mercado. A maçã já teve um problema sério de pegamento (fixação) lá nos meses de outubro e novembro, por excesso de chuva e falta de insolação. E agora temos problemas sérios porque ela está perdendo o momento de crescimento; dificilmente vai recuperar aquele tamanho padrão perdendo o valor”.

Quanto a uva, a bordô deve ser a mais afetada: “A uva, principalmente a bordô que já está com 11 mil hectares, teve uma maturação apressada e vai acabar ficando menor. Isso vai impactar no peso, no rendimento”.

O clima seco também preocupa os produtores de soja do estado. Segundo a Emater, o plantio já ocorreu em 99% da área prevista para esta safra, que é de 5,978 milhões hectares. A apreensão aumenta na medida em que a oleaginosa começa a entrar na etapa de florescimento. O desenvolvimento da soja já está prejudicado em parte da região das Missões, no noroeste do estado.

Ouça a notícia no link acima da foto.  

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