Uma notícia tem causado grande debate na comunidade regional, em se tratando da segurança pública. O jovem padrasto, 20 anos, acusado do crime de estupro de uma menina de apenas 11 meses, em Serafina Corrêa, ganhou liberdade provisória no começo do mês de outubro. Sendo a continuidade da prisão considerada uma situação de risco à vida do acusado, o Poder Judiciário da Comarca de Guaporé (decisão proferida pela 1ª Vara Judicial) optou pela liberdade provisória do mesmo. A decisão, menos de quatro meses após ser preso em uma unidade hospitalar de Passo Fundo (Hospital São Vicente de Paulo) - prisão no final do mês de junho, revoltou familiares da garotinha, que se manifestaram na imprensa e também nas redes sociais.

“Hoje enterrei minha credibilidade em lei... Há alguns meses um maníaco violentou uma criança de 11 meses. Violou seu corpo e sua dignidade. Destruiu sua vida e sua família. Tirou dela qualquer chance de crescer saudável e feliz. Bateu com sua cabeça inúmeras vezes na parede até quebrar ela em 22 pontos. Até que esse bebê perdesse seus sentidos e movimentos. Deu a essa criança dias e dias de dor e sofrimento em uma CTI. Deu à ela também um grau de sequelas permanentes”, disse a madrinha do bebê serafinense na Rede Social (Facebook).

O acusado de estupro, preso pela Delegada de Polícia Carolina Goulart – que representou pela prisão preventiva do agressor e a Justiça deferiu o pedido, foi levado, em um primeiro momento, para o Presídio Regional de Passo Fundo. Posteriormente encaminhado para a casa de detenção de Soledade e por último para o Presídio Estadual de Guaporé. Ele estava detido em uma cela isolada com outros apenados. O espaço é chamado de “Duque 13”, pois contêm somente pessoas que cometeram o crime de estupro. Porém, no começo do mês, houve a revogação da prisão, porque o jovem estava correndo risco de vida ao ficar junto com os demais. Um pedido por parte da defesa buscou o isolamento do serafinense, porém a casa prisional, que conta com mais de 150 apenados (capacidade 48), não têm condições de mantê-lo em uma cela sozinho. Até a próxima audiência, que não deverá demorar muito a acontecer, o jovem deve comparecer em juízo a cada 15 dias no Poder Judiciário.

O processo tramita em segredo de justiça. A garotinha recupera-se em casa e as informações são de que a mesma herdou inúmeras sequelas.