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Hospital São Peregrino Lazziozi fecha parceria para doação de córneas

Baixar Áudio por Dirceu Tedesco
Foto: Ana Júlia Griguol | Tua Rádio Veranense

O Hospital Comunitário São Peregrino Lazziozi está retomando em parceria com a OPO - Organização Procura de Órgãos de Caxias do Sul - a campanha de conscientização da população e capacitação dos profissionais do hospital para doação de córneas. A gerente assistencial da Casa de Saúde de Veranópolis, Adriana Rossato, fala sobre a parceria.

"Esse trabalho teve início em 2019, quando a gente fez o primeiro contato então com a OPO, para avaliar essa iniciativa. O HCSPL tem as condições de fazer a captação de córneas, que é o que a OPO aqui de Caxias do Sul faz. Esse trabalho com a equipe aqui do hospital também vai ser realizado com a comunidade, tratando da conscientização e importância da doação”, conta.

A enfermeira da OPO, Ana Paula Concatto Casagrande fala da importância desta parceria.

“Hoje nós temos uma lista de espera no Estado de 852 pessoas que aguardam por uma chance de poder voltar a enxergar. Por isso essa parceria aqui com o Hospital de Veranópolis é forte também, nossa intenção é fazer com que realmente essa lista diminua cada vez mais”.

Ana Paula destaca algumas situações em que não podem ser utilizados os órgãos. “Pessoas que tenham hepatite, HIV ou alguma outra doença nesse sentido também não podem ser doadoras. E tem algumas questões como sepse, que é mais em ambiente hospitalar, Parkinson Alzheimer e algumas doenças também que fazem a contraindicação”, diz.

 Ainda de acordo com a enfermeira da OPO, a fila de espera é respeitada e se não houver compatibilidade, o órgão é disponibilizado para outros estados.

“A lista de espera ela é uma fila única, independente da cidade onde esse receptor está, vai ser acompanhado de uma forma única. Ainda há situações que, porventura, não se tem receptor no estado, essa córnea não vai ser descartada. Ela é ofertada pros demais estados do nosso país”, explica.

A decisão da família pela doação pode proporcionar uma melhor qualidade de vida a outras pessoas, relata o técnico em enfermagem, Renan Zuccolotto da Silva.

"Na questão de córneas quando ocorre um óbito e a família consente a doação, pode vir ajudar outras duas pessoas a recuperar a visão. A gente chama de uma terapia, é muito importante ter essa conversa em casa, é um assunto que a gente não gosta muito de falar, que é sobre a morte, mas é inevitável pra todo mundo. Então, sim, é muito importante ter essa conversa em casa, em vida entre os familiares para que na hora da tomada de decisão o processo seja mais ágil. Após a constatação do óbito a tem até seis horas pra poder fazer essa remoção das córneas.

O tempo para a retirada do órgão é curto, mas para doação existe maior flexibilidade, assim há possibilidade de deslocamento do receptor, mesmo que resida em um ponto mais distante do estado, como relata Ana Paula.

"Depois que a gente retira e faz a captação de córneas, as levamos até o Hospital Pompéia. Realizamos a preservação dessas córneas as colocando num líquido específico para isso, que tem o poder de preservá-las por um período de 14 dias. Então é um tempo bem legal pra se trabalhar e se disponibilizar também para essas pessoas que aguardam na fila", encerra.

Qualquer dúvida sobre a doação pode ser sanada com as equipes hospitalares ou com o médico de sua confiança.

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