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Ministério da Saúde prorroga Campanha da Vacinação contra a Poliomielite até dia 30 de setembro

por Cida Cardoso Valna

No Rio Grande do Sul, segundo a Secretaria da Saúde (SES), a adesão até o momento foi de 44% no público das crianças de 1 a 4 anos

As crianças abaixo de um ano de idade também estão convocadas para a campanha, porém, deverão ser vacinadas conforme o histórico vacinal
Foto: Reprodução

O Ministério da Saúde anunciou nesta semana que vai prorrogar a campanha de vacinação contra a poliomielite até o dia 30 de setembro. A medida, segundo a pasta, visa aumentar a cobertura vacinal e a adesão da população à vacinação. Até a última terça-feira (06), o ministério computava que, durante a campanha, apenas 35% das crianças na faixa etária entre 1 e 5 anos de idade haviam sido imunizadas contra a poliomielite. A meta da campanha é alcançar uma cobertura igual ou maior que 95% neste público.

A baixa cobertura vacinal observada no Brasil contra a doença nos últimos anos tem preocupado especialistas, que alertam que esse cenário pode provocar a reintrodução do vírus no país. No Rio Grande do Sul, segundo a Secretaria da Saúde (SES), a adesão até o momento foi de 44% no público das crianças de 1 a 4 anos contra a poliomielite. Isso representa 245 mil entre um público total estimado em 554 mil crianças nesta idade. A meta da campanha é alcançar cobertura vacinal igual ou maior que 95%.

Campanha de Vacinação da Pólio no RS em 2022 (até 08/09)

Idade: doses aplicadas (cobertura em %)

1 ano: 59.035 (45%)
2 anos: 59.382 (42%)
3 anos: 62.658 (44%)
4 anos: 63.593 (45%)
Total: 244.938 (44%)

Em relação às cidades, 136 municípios gaúchos já atingiram a marca de 95% ou mais de cobertura. O painel completo com os dados da vacinação da pólio está disponível no painel do Ministério da Saúde.

Todas as crianças nesta idade devem fazer agora na campanha a Vacina Oral Poliomielite (VOP), a “gotinha”, desde que já tenham recebido as três doses de Vacina Inativada Poliomielite (VIP) do esquema básico (previstas aos 2, 4 e 6 meses de idade).

As crianças abaixo de um ano de idade também estão convocadas para a campanha, porém, deverão ser vacinadas conforme o histórico vacinal, por isso não há meta de cobertura para elas. Além da pólio, caso as crianças e adolescentes até 15 anos tenham outras vacinas pendentes, conforme avaliação da caderneta, poderão fazer as demais doses que estiverem em atraso.  

Esquema da campanha contra pólio e de multivacinação:

Abaixo de 1 ano de idade: só faz vacina se tiver alguma em atraso.
Entre 1 e 4 anos: faz vacina da pólio (gotinha) e outras se tiver alguma em atraso.
Dos 5 aos 14 anos: só faz vacina se tiver alguma em atraso.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) alerta sobre a importância e o benefício da vacinação, para evitar a reintrodução do vírus da poliomielite, uma vez que o Brasil recebeu o certificado de eliminação da doença em 1994. 

Multivacinação

Para a campanha de multivacinação, as vacinas disponíveis são: Hepatite A e B, Penta (DTP/Hib/Hep B), Pneumocócica 10 valente, VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VRH (Vacina Rotavírus Humano), Meningocócica C (conjugada), VOP (Vacina Oral Poliomielite), Febre amarela, Tríplice viral (Sarampo, Rubéola, Caxumba), Tetraviral (Sarampo, Rubéola, Caxumba, Varicela), DTP (tríplice bacteriana), Varicela e HPV quadrivalente (Papilomavírus Humano). 

Aos adolescentes, estarão disponíveis as vacinas HPV, dT (dupla adulto), Febre amarela, Tríplice viral, Hepatite B, dTpa e Meningocócica ACWY (conjugada). 

As campanhas de vacinação podem coincidir com a imunização contra a covid-19 em andamento, de acordo com o calendário do esquema da criança ou adolescente. As vacinas covid-19 podem ser administradas de maneira simultânea ou com qualquer intervalo com as demais vacinas do Calendário Nacional na população a partir de três anos de idade.

A poliomielite

A poliomielite ou pólio é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos. A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus.

A doença não tem cura. “A poliomielite provoca uma paralisia irreversível nos membros inferiores. E quando grave, ela pode provocar também uma paralisia dos músculos respiratórios. Temos uma taxa de letalidade, que é a morte pela doença, bastante alta”, disse Caroline Gava, assessora técnica do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Programa Nacional de Imunizações, em entrevista à Agência Brasil. A única forma de prevenção possível para a doença é a vacinação. 

Fonte: Com informações da SES e Agência Brasil

 

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