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Números de casos de Covid-19 devem aumentar no Estado antes de haver redução

por Almeri T Angonese

Especialistas afirmam que uso de máscara e restrição de circulação são as principais medidas para reduzir contágio.

Foto: Divulgação

Especialistas das áreas de saúde e análise de dados, afirmam que haverá uma piora na situação da pandemia no Rio Grande do Sul antes de melhorar. O aumento de casos, está diretamente relacionado com o comportamento social da população. Enquanto houver grande circulação de pessoas, haverá contagio. Principalmente, quando levada em conta a nova variante do vírus que, de acordo com especialistas, tem a disseminação de forma mais rápido. Essa premissa norteou a implantação da bandeira preta do Sistema de Distanciamento Controlado no Estado. O governo pretende conter a disseminação da doença com a implantação das medidas mais restritivas.

O Estado enfrenta um crescente no número de casos, em decorrência do movimento das últimas semanas, então, os casos ainda continuarão aumentando por mais alguns dias. As restrições levam um tempo para causarem efeitos na contenção da doença. Especialistas preveem que o número de casos deve aumentar por mais alguns dias para que depois a curva estabilize e finalmente comece a decair.

O cientista de dados e coordenador da Rede Análise Covid-19, Isaac Schrarstzhaupt, afirma que seriam necessários pelo menos quinze dias de restrições de circulação para que haja um declínio na curva de contagio. Além disso, ele reforça que a população deve sair apenas para o necessário e manter todos os cuidados necessários como uso de máscara, álcool gel e distanciamento social.  Schrarstzhaupt, reforça que se uma pessoa pega o vírus hoje, ela vai começar a transmitir daqui a três, quatro, cinco dias. Se passar para as pessoas da casa dela, para eles, o prazo de 15 dias vai começar a contar daqui a cinco dias. Por isso, essa cadeia do contágio acaba aumentando a duração necessária para restrições de circulação. Por que, se uma pessoa se infecta e encuba o vírus durante o período de restrição, ao final dele, ela irá contaminar outras pessoas e, consequentemente, a queda no número de infecções não irá se manter.

Além disso, o cientista afirma que é difícil prever quando as restrições impostas nesse momento surtirão efeito. Uma vez que, além de outros fatores, essas medidas dependem da adesão da população, ou seja, se a população não aderir as medidas não haverá efeito.

A diretora técnica do Hospital Tacchini, em Bento Gonçalves, infectologista Nicole Goli, ressalta que tendo em vista o número de pacientes sendo internados em enfermarias ou unidades de terapia intensiva. A perspectiva é para que no mês de março haja uma piora significativa no cenário. “Imaginamos ainda de quatro a cinco semanas vivendo esse contexto, de muitas entradas de pacientes, apresentando um perfil de agravamentos mais rápidos, e uma faixa etária menor, quando comparamos com os momentos anteriores de aumento de casos que vivenciamos em 2020”, afirma a médica. “Nosso problema, antes e acima de tudo, somos nós. A necessidade de negação, de aqui nunca chega, de que conosco não acontece, de não posso me privar de nada, de que as regras existem para os outros, não para mim, nos trouxe até aqui. O colapso real do sistema de saúde de um país continental. E digo com tranquilidade, nada semelhante ocorreu nas últimas décadas, as consequências já são catastróficas, mas caminham para ser devastadoras”, finaliza.

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