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Franciscanos pedem ao Papa que irmãos leigos ocupem cargos de liderança

por Marco Aurélio Santana
Foto: Divulgação

Os superiores dos quatro ramos principais dos Frades Franciscanos pediram ao Papa Francisco autorização para que irmãos leigos possam assumir cargos de liderança em

Frei Perryem Ministro Geral dos Franciscanos Observantes, o Capuchinho, Frei Mauro Johri; o Ministro Geral Conventual, Frei Marco Tasca; e o Ministro Geral da Terceira Ordem Regular, o Frei Nicholas Polichnowski, reuniram-se com o Papa Francisco nesta Segunda-feira 10 de abril.  

Os ministros gerais defendem que o irmão leigo, tem um papel fundamental na vida das ordens, podem exerce cargos de lideranças como coordenadores de comunidades, provincial e até ministro geral ou vigário geral.

 “O Papa Francisco estuda as possibilidades de fazer avançar este projeto”, disse Frei Michael Perry, Ministro Geral dos Frades Menores. “Deixamos uma carta com um pedido formal para uma dispensa dos requisitos da lei canônica que, na maioria das ordens religiosas, apenas um padre pode ser eleito para os cargos de liderança”, disse.

Frei Perry disse ainda que, “falamos, sobretudo, dos passos que estamos tomando para criar a comunhão entre nós, entre as diferentes Ordens da Família Franciscana”. Os quatro ramos diferentes, trabalham para reunir seus institutos de ensino superior em Roma e ter uma variedade de projetos cooperativos na Terra Santa. “Além disso”, disse ele, “falamos da importância da possibilidade de permitir que os frades leigos sirvam de maneira ordinária em nossas ordens”.

As regras que ditam a elegibilidade para a liderança em ordens religiosas, com uma forte mistura de irmãos e sacerdotes – especialmente se essas ordens, como os franciscanos, foram fundadas sem distinção entre leigos e ordenados.

O decreto do Concílio sobre a vida religiosa diz: “Monastérios de homens e comunidades que não são exclusivamente leigos podem, de acordo com sua natureza e Constituições, admitir clérigos e leigos em pé de igualdade e com direitos e obrigações iguais”.

Ainda assim, para Ordens como os Franciscanos, em que a maioria dos membros são sacerdotes, o Vaticano insistiu que a ordenação é um requisito para o “poder de governança”. Ele vetou a eleição de irmãos como superiores de Ordens que têm mais sacerdotes do que irmãos como membros, mesmo quando as Constituições da Ordem não insistem que o superior seja um sacerdote.

No Sínodo dos Bispos sobre a Vida Religiosa em 1994, a questão foi levantada repetidamente. Frei Hermann Schaluck, Ministro Geral dos Frades Menores na época, disse ao Sínodo que sua Ordem foi fundada por um leigo, São Francisco de Assis, que nunca foi ordenado sacerdote. O carisma da Ordem não estava ligado à ordenação, mas a uma vida de seguir o Evangelho de forma radical.

A igualdade dos frades leigos e ordenados, disse ele, deveria significar que ambos poderiam ser chamados para papéis de liderança. E pediu ao Vaticano que a possibilidade seja “oficial e juridicamente” reconhecida.

Respondendo às proposições dos membros do Sínodo em 1996, São João Paulo II disse: “Foi criada uma comissão especial para examinar e resolver aos problemas relacionados com esta questão. É necessário aguardar as conclusões desta comissão antes de tomar as decisões adequadas de acordo com o que será determinado com autoridade”.

O estudo parece ter sido interrompido. Em dezembro de 2015, o Vaticano emitiu um documento sobre a identidade e a missão dos irmãos religiosos. Na ocasião, o arcebispo José Rodríguez Carballo, secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, disse que seu gabinete pedirá ao Papa Francisco uma comissão ad hoc para estudar a questão.

 

Viagem do Papa ao Egito em abril

O Frei Marco Tasca, disse que “o Papa está bem informado e confirmou com grande firmeza a sua viagem ao Egito, ele falou sobre o falecimento do Cardeal Koch para preparar um pouco o terreno e os discursos que serão realizados. Então, o Papa não se fechou ante o que aconteceu, mas com grande firmeza e convicção parte ao Egito para confirmar e ajudar no diálogo e na comunhão da vida cristã”.

O encontro o com o Pontífice durou “mais ou menos 35 minutos. Conversamos sobre a sua visita ao Egito e do fato de que em breve comemoraremos os 800 anos da visita de São Francisco à Damietta (Egito), onde se encontrou com o sultão Malik al-Kamil, como um passo para o diálogo com os muçulmanos”.

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