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Aécio, Dilma, Lula e ministros de Temer estão na lista de Janot

por Ivan Sgarabotto

Procurador-geral da República fez 83 pedidos de investigação de citados em delação de Odebrecht

Foto: Agência Brasil

O procurador-geral da República Rodrigo Janot enviou ao Supremo Tribunal Federal 83 pedidos de abertura de inquérito na Operação Lava Jato. Não se sabe ainda quantos políticos estão envolvidos, porque cada pedido de inquérito pode ter mais de um nome. Mas, neste caso, trata-se de autoridades públicas com foro privilegiado. Porém, os nomes de Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT), Lula (PT) e ministros de Michel Temer (PMDB) estão na lista de Janot.

Uma proposta para acabar com o foro privilegiado tramita desde 2013 no Senado. Para a senadora Ana Amélia, do Partido Progressista, a lei deve ser igual para todos.

Rodrigo Janot solicitou que 211 investigações sobre pessoas sem foro privilegiado saiam do Supremo e sejam julgadas por instâncias mais baixas do Judiciário. O procurador-geral da República pediu ainda 7 arquivamentos de processos e 19 outras providências. Ao todo, foram 320 pedidos.

Nas últimas semanas, alguns políticos acreditavam que, após a divulgação dessa que já é chamada de “a segunda lista de Rodrigo Janot”, a votação de propostas no Congresso Nacional poderia ser prejudicada.

Nessa terça-feira, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles passou a tarde reunido com a bancada do PSB na Câmara dos Deputados, para defender a Reforma da Previdência. Um jornalista perguntou a Meirelles se a lista poderia afetar a tramitação da reforma.

O deputado Sílvio Costa, do PT do B, também acredita que a nova lista de Janot não deve interferir nas votações mais importantes. Para o parlamentar, o impacto será nas drogarias.

Os acordos de colaboração premiada que deram origem a essa lista encaminhada pelo procurador-geral da República foram assinados em dezembro do ano passado.

São depoimentos de 77 executivos e ex-executivos das empresas Odebrecht e Braskem. No fim do mês de janeiro, a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, homologou essas delações. Os nomes das pessoas envolvidas ainda são mantidos em sigilo.

Rodrigo Janot pediu ao relator do caso no Supremo, ministro Edson Fachin, a retirada do sigilo desse material para promover transparência e garantir o interesse público.

O Palácio do Planalto não se manifestou sobre os pedidos de Janot. Já o PMDB informou, em nota, que apoia as investigações da Lava Jato e reafirma a necessidade de se esclarecer a verdade dos fatos.

Cinco ministros, seis senadores, um deputado e ex-integrantes dos governos Lula e Dilma, inclusive os dois ex-presidentes Lula e Dilma aparecem na lista. Os nomes são os seguintes:

    Aloysio Nunes (PSDB-SP) - ministro de Relações Exteriores
    Eliseu Padilha (PMDB-RS) - ministro da Casa Civil
    Moreira Franco (PMDB-RJ) - ministro da Secretaria-Geral da Presidência
    Gilberto Kassab (PSD-SP) - ministro de Ciência e Tecnologia
    Bruno Araújo (PSDB-PE) - ministro das Cidades
    Rodrigo Maia (DEM-RJ) - presidente da Câmara
    Eunício Oliveira (PMDB-CE) - presidente do Senado
    Edison Lobão (PMDB-MA) - senador
    José Serra (PSDB-SP) - senador
    Aécio Neves (PSDB-MG) - senador
    Romero Jucá (PMDB-RR) - senador
    Renan Calheiros (PMDB-AL) - senador

Para a primeira instância da Justiça, os pedidos de inquérito são para os ex-presidentes:

    Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
    Dilma Rousseff (PT)

E para os ex-ministros:

    Antonio Palocci (PT)
    Guido Mantega (PT)

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