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Juventude rural fagundense debate a sucessão familiar e a permanência no interior

por Marco Aurélio Santana
Foto: Divulgação

A noite da quarta-feira, 28 de fevereiro, foi diferente para os jovens alunos do segundo e terceiro anos do ensino médio de Fagundes Varela. A Escola Estadual Ângelo Mônaco deu uma pausa na programação normal para que os alunos participassem de uma oficina sobre sucessão familiar e a permanência dos jovens no interior, com a equipe municipal da Emater/RS-Ascar.
"A maior parte dos cerca de 50 alunos que participaram é de origem rural, e praticamente todos têm algum vínculo familiar com a produção agropecuária, estando prestes a decidir que rumo irão tomar após a conclusão do ensino médio. Por isso, a importância de discutir esse tema com os jovens", afirma o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Leandro Ebert. Hoje, esses jovens estudam à noite e muitos deles já trabalham em fábricas durante o dia, sendo que poucos se preparam para assumir a propriedade da família.
Na oficina, os jovens foram motivados a pensar e debater sobre o tema. Orientados pelos extensionistas, após uma problematização, os jovens formaram grupos de discussão e levantaram pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças em permanecer no interior. Após, cada grupo explicou as ideias discutidas para os demais.
Dentre os principais pontos fortes, os jovens destacaram questões relacionadas à qualidade de vida no interior, a produção de alimentos, a alta renda que podem obter, a segurança, a proximidade dos locais no município e a possibilidade de sempre ter trabalho, na propriedade, com a família, ou em empresas na cidade. Já os pontos fracos foram relacionados à pouca privacidade em um município pequeno, os baixos salários nos empregos ou a baixa margem de lucro nas atividades agropecuárias, além de poucos investimentos ou endividamento nas propriedades rurais.
Quanto às oportunidades para permanecerem, os jovens enxergaram novamente a oferta de trabalho, além do capital que as famílias possuem nas propriedades, as boas escolas, as atividades para lazer e a boa convivência no interior. Já itens como adversidades climáticas, necessidade de deslocamento para outros municípios para questões de saúde, educação, comércio e até lazer, a crise, a oferta de empregos melhores e oportunidades de vivenciar novas experiências em outros lugares, foram levantados como ameaças à permanência no interior.
Após as discussões, o extensionista social da Emater/RS-Ascar, Airton de Almeida, apresentou o Programa Bolsa Juventude Rural, oferecido pelo governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), que visa dar oportunidade e condições de acesso e permanência no ensino médio e de implantação de projetos produtivos sustentáveis, estimulando a sucessão nas propriedades rurais familiares. "Após essa sensibilização dos jovens sobre o tema, pretendemos pleitear a participação de alguns desses alunos no programa", explica Airton.
Com essa primeira reunião, também foi dado início a um trabalho com a juventude rural fagundense, numa parceria entre a Extensão Rural e Social e a Escola Ângelo Mônaco, onde os jovens irão trabalhar questões de educação ambiental e produção de autoconsumo, além de outras questões levantadas por eles, visando a permanência no interior.
Fonte: Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul
 

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