Escrita à mão vira hobby na era digital
'Caligrafia para relaxar' é aposta da Editora Sextante para o mercado de livros interativos
Quando foi a última vez que você utilizou uma caneta ou um lápis? Em uma realidade em que usar aplicativos, redes sociais e e-mail é uma tarefa ordinária, escrever à mão está ganhando espaço de outra forma: como trabalho manual. Em cursos, canais na internet ou no mercado editorial, a escrita à mão se populariza com os nomes de caligrafia e lettering.
O conceito principal é o mesmo, de desenhar letras. A diferença é que a caligrafia tem por base regras tipográficas, enquanto o lettering é feito no improviso e mistura as mais variadas técnicas (como combinar letra cursiva e de forma em uma mesma frase, por exemplo).
Escritora em tempo integral, Tati Lopatiuk, de 33 anos, aderiu à caligrafia há pouco mais de um mês. O hobby surgiu quase como uma necessidade para melhorar a preparação do bullet journal - tipo de diário semanal.
Agora, ela criou um grupo com cinco amigas para organizar encontros sobre o tema. "Quando estava no colégio, gostava de ter a letra bonitinha, cuidar do caderno. É legal ver que é uma coisa sua, não um recorte", diz. A escritora aprendeu a técnica por meio do livro "Caligrafia para relaxar", aposta da Editora Sextante para o mercado de livros interativos.
Lançado em novembro, o livro traz exercícios diversos, amparados em textos motivacionais, e é personalizável. "A pessoa sai do mundo digital para fazer as tarefas, mas, depois, quer fotografar e compartilhar o resultado", comenta a gerente de aquisições da Sextante, Nana Vaz de Castro. Só no Instagram, as hashtags "lettering" e "caligrafia" tem 7,2 milhões e 324,5 mil postagens, respectivamente.
Informações do portal Notícias ao Minuto.
por Luciano Pettorini
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