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Inflação brasileira fecha em 0,31% em abril, influenciada pela alta nos remédios

por Almeri T Angonese
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial do País, ficou em 0,31% em abril, abaixo da taxa de 0,93% registrada em março, conforme divulgado na terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar da desaceleração, no acumulado em 12 meses o IPCA subiu para 6,76%, permanecendo acima do teto da meta do governo para a inflação no ano, o centro da meta é de 3,75%, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.

De acordo com o IBGE, o acumulado de 12 meses teve alta acumulada de 2,37%, fechando em 6,76%, acima dos 6,10% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. A taxa acumulada em 12 meses é mais alta desde novembro de 2016, quando ficou em 6,99%. No entanto, naquele ano o teto da meta de inflação era de 6,99%.

Remédios mais caros

A principal pressão em abril, segundo o IBGE, veio da alta nos preços dos produtos farmacêuticos, com alta de 2,69% e impacto de 0,09 ponto percentual no IPCA de abril.

No dia 1º de abril, o governo autorizou o reajuste de até 10,08% no preço dos medicamentos, dependendo da classe terapêutica. A maior variação nos produtos farmacêuticos veio dos remédios anti-infecciosos e antibióticos com aumento de 5,20%. Houve alta também em produtos como perfumes com acréscimo de 3,67%, artigos de maquiagem aumentando 3,07%, papel higiênico com alta de 2,90% e produtos para cabelo subindo 1,21%.

Carnes, frango e leite mais caros

Em abril, os principais impactos no preço dos alimentos partiram das proteínas, em especial carnes que subiram 1,01%, leite longa vida aumentou 2,40%, frango em pedaços teve acréscimo de 1,95% e o tomate que apresentou elevação de 5,46%. Já as frutas, apresentaram queda de 5,21% no valor e foram o principal destaque na deflação.

De acordo com pesquisadores, a alta nos valores está ligada ao custo de produção animal, principalmente pelo valor da ração, produzida com soja e milho, que também estão com os prelos em alta.

Combustíveis têm deflação

Apenas o grupo transportes registrou queda de 0,08% nos preços em abril, favorecido pela deflação nos combustíveis, que diminuiu 0,94%. Anteriormente, esse grupo havia puxado a inflação no país. Após 10 meses consecutivos de alta, a gasolina recuou 0,44% em abril. Mas a queda mais intensa no grupo veio do etanol, que diminuiu 4,93%.

Meta de inflação e estimativas do mercado

A meta central do governo para a inflação em 2021 é de 3,75%, e o intervalo de tolerância varia de 2,25% a 5,25%. Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que agora está em 3,50% ao ano.

Até o momento, analistas de instituições financeiras projetam para o ano uma inflação de 5,06%, ou seja, abaixo do teto, conforme aponta a última pesquisa Focus do Banco Central. O mercado mantém a expectativa para a taxa Selic em 5,5% ao ano, o que indica novas altas da taxa básica de juros. A expectativa do mercado é de que uma nova alta de 0,75 ponto percentual na Selic ocorra em junho.

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