Economia gaúcha sofreu maior queda entre 13 estados em 2020, de acordo com o índice de Atividade Econômica Regional, analisados pelo Boletim Regional do Banco Central do Brasil. O índice registrou queda de 4,7%, superando quedas do Espirito Santo com 4,3%, Bahia com 3,2% e Ceará 2,8%. A região Sul teve uma queda de 2,1% como um todo. Santa Catarina teve queda de 1,6% e o estado do Paraná teve uma pequena alta de 0,1%. A região Sul foi prejudicada como um todo pela estiagem do início de 2020, interferindo na produção da safra de soja e milho e não conseguiu atenuar o impacto da pandemia em outros setores da economia.

Em comparações feitas pelo Banco Central, a região Norte registrou alta de 0,4% e a região Centro-Oeste aumentou 0,2%, enquanto isso, o Sudeste caiu 1,3%. O Norte teve bons resultados, influenciados pela implantação do auxílio emergencial e alto desemprenho no comércio, além de bons desempenhos na construção civil e indústria de extração. O desemprenho do Centro-Oeste, foi relacionado com a safra recorde da produção de grãos, cotações de commodities e altas na exportação. Em efeito cascata, o mesmo não aconteceu na região Sul. Por conta da estiagem, a produção de grãos não foi tão alta, o que segurou o impulcionamento de outras áreas.

No indicador geral do Banco Central, indústria e comércio recuaram, mas com números diferentes entre os segmentos. A produção industrial, por exemplo, registrou queda em veículos, vestuário e calçados e teve destaque positivo em alimentos, máquinas, aparelhos e materiais elétricos. O padrão do comércio foi similar em todas as regiões, tendo destaque para a alta na venda de produtos alimentícios.