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Veranópolis desenvolve campanha "Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica"

por Cida Cardoso Valna
Foto: Divulgação

No dia 25 de novembro comemora-se o Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher. Nos dias de hoje a data vem sendo promovida pela ONU e pela Secretaria Nacional dos Direitos Humanos e Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome, sendo fonte de divulgação, inclusive, para o disque 180, que atende casos de denúncias de violência contra a mulher. Iniciada em 25 de novembro de 1991, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher, a Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres propôs os 16 Dias de Ativismo contra a Violência contra as Mulheres.

A Secretária de Desenvolvimento Social Habitação e Longevidade, Fabiane Parise, Vereadora Adriane Parise e a Psicóloga do CREAS, Priscila de Souza Spadari, em entrevista à Tua Rádio Veranense, explicaram sobre a campanha desenvolvida no município de Veranópolis.

“Estamos com esta campanha do ‘Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica’, que é a nível nacional, organizada pelo Conselho Nacional de Justiça e em muitos estados já tornou-se lei. Nosso foco é a prevenção e alerta, para que a população tenha conhecimento do sofrimento da mulher que passa por esse tipo de situação”, relata a vereadora.

De acordo com Adriane, a marca na mão – um X em vermelho - serve como uma identificação de que aquela mulher tem enfrentado algum tipo de violência. “Discretamente, conversamos com ela para encaminhá-la ao serviço que lhe preste auxílio e tratamento”, complementa.

Realidade do município

A psicóloga Priscila de Souza Spadari revela que algumas mulheres Terra da Longevidade têm conseguido identificar os sinais de que a situação em que se encontram é, de fato, caracterizada como de violência doméstica e buscam pelo serviço adequado.

“Os sinais já aparecem nas pequenas coisas, naquilo que chamamos de ciclo da violência, que é quando o casal, por exemplo, começa a discutir, com agressões verbais. Depois há o perdão, tentativa de recomeço, e logo depois a situação volta a acontecer. E assim segue. Isso torna a identificação dessas situações um pouco complicada. A violência parte de todas as camadas da sociedade, não tem um perfil único”, aponta.

Priscila ainda reforça os serviços prestados de forma gratuita pelo CREAS, que a partir do momento em que a mulher sentir-se encorajada a buscar apoio, ela saiba que existe esse ponto de apoio, agendando o seu atendimento. “É importante que ela saiba que existe este serviço para fortalecê-la”, complementa.

O que pode ser considerado violência contra a mulher?

A Organização Mundial de Saúde define a violência contra a mulher como todo ato de violência baseado no gênero que tem como resultado o dano físico, sexual, psicológico, incluindo ameaças, coerção e privação arbitrária da liberdade, seja na vida pública seja na vida privada. A perspectiva de gênero para compreender a violência contra as mulheres resultou de um longo processo de discussão. Utilizar a categoria de análise gênero, neste caso, significa assumir que a violência decorre de relações desiguais e hierárquicas de poder entre homens e mulheres na sociedade, e que não se deve a doenças, problemas mentais, álcool/drogas ou características inatas às pessoas, mas sim, uma construção social.

Onde denunciar?

Podemos citar a central de denúncia pelo telefone 180, as Delegacias da Mulher, da Criança e as dos idosos, Ministério Público, instituições como casas-abrigo, grupos de mulheres, creches, entre outros. Muitas vezes, o agressor monitora o celular da vítima, redes sociais, impedindo muitas vezes com que ela consiga pedir socorro.

“O CREAS pode ser acionado pelo telefones de contato 3441-6200, ou diretamente na Av. Dr José Montaury de maneira presencial. Um vizinho, parente que percebe essas discussões, agressões verbais – muitas vezes com a presença de crianças, que muitas vezes prejudica o desenvolvimento delas ou até mesmo estimula a prática deste tipo de ação ao longo da vida – pode denunciar não somente para os telefones citados, como também podem buscar qualquer serviço da saúde: agentes comunitários, o próprio Hospital já tem orientações de como proceder ao perceber que a paciente passou por este tipo de situação. A própria Brigada Militar e a Polícia Civil. Existe uma série de desdobramentos para estes casos”, informa Fabiane Parise.  

A entrevista completa você encontra na página do Facebook da Tua Rádio Veranense

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