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Em meia hora, 24 pedestres são flagrados atravessando a BR-116 fora da passarela do bairro São Ciro, em Caxias

por Pablo Ribeiro

A reportagem da Tua Rádio São Francisco monitorou, na manhã desta quinta-feira (29), a travessia de pedestres na rodovia. Apenas seis utilizaram a passarela

Foto: Pablo Ribeiro

A reportagem da Tua Rádio São Francisco monitorou, na manhã desta quinta-feira (29), a travessia de pedestres na BR-116, no bairro São Ciro, em Caxias do Sul. No período entre 7h26min e 7h56min, 24 pedestres atravessaram a rodovia por baixo da passarela. Nessa meia hora de monitoramento, apenas seis pedestres utilizaram a passarela.

Ouça a reportagem especial AQUI

Em um dos casos percebidos, um adolescente desembarcou de um veículo que havia estacionado no acostamento, logo abaixo da passarela. Mesmo estando a poucos metros da passarela, ele preferiu atravessar a rodovia por baixo do equipamento.

Outra situação percebida foi de um motorista que estacionou seu veículo no acostamento da BR-116, no sentido ao bairro de Ana Rech, e, mesmo estando próximo da passarela, atravessou por baixo, até o outro lado da rodovia, para ir até uma farmácia. Ao retornar para o veículo, ele também não utilizou a passarela.

De arcordo com o chefe substituto da 5ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Caxias do Sul, Yuri Schenkel, esse é um problema recorrente nesse ponto da BR-116. “Frequentemente nós passamos por ali e, mesmo com a viatura, o pessoal opta por passar por baixo da passarela, mesmo tendo aquela estrutura construída, que é segura. A gente não tem muito o que fazer, senão orientar. Nós procuramos, sempre que possível, conversar com os pedestres, mas ficamos com as mãos amarradas”, diz.

Um dos principais argumentos de quem não utiliza a passarela é a insegurança, principalmente à noite. Porém, o chefe da PRF afirma que não há registros de assaltos no local, portanto, ele entende que esse medo é infundado. “Eu acho que o pessoal opta por fazer o mínimo de esforço, que é o de evitar subir e descer uma escada. É um pouco de preguiça”.

A passarela da BR-116 foi inaugurada em 2014, quase seis anos após o início da mobilização da comunidade para a construção do equipamento. Em dezembro de 2008, Diego Zachi Carlotto, de 11 anos, morreu atropelado no local.

Ainda conforme Schenkel, são muitos os pontos críticos para os pedestres atravessarem a BR-116, na extensão do perímetro urbano de Caxias do Sul. “Toda a rodovia tem trânsito de pedestres. Perto do Monumento do Imigrante há um movimento muito acentuado, devido ao terminal de passageiros (EPI Imigrante); na frente da UCS, também há bastante trânsito de pedestres; e na encruzilhada de Ana Rech, devido ao comércio no loca. Em toda a BR há pedestres disputando lugar com os carros e as motos”, conta.

Além do risco que esses pedestres correm ao ignorar a passarela, outros graves problemas são costumeiramente constatados pela PRF, como o alto índice de motoristas flagrados dirigindo sob efeito de álcool, ultrapassagens proibidas e excesso de velocidade. “Nesses três pontos, nós trabalhamos diuturnamente para coibir estas condutas que, apesar de serem batidas, ainda temos desrespeito nas rodovias”, revela Schenkel.

Apenas a conscientização de motoristas e pedestres pode contribuir para a diminuição do índice de mortes no trânsito. “O nosso trabalho, além de repressivo, é preventivo e educativo. Temos conseguido, nos últimos anos, reduzir o número de acidentes e mortes. Não é admissível que a gente fale que determinado número de mortes é aceitável, porque é impensável aceitar mortes no trânsito”, diz Schenkel.

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