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Prefeitura de Caxias do Sul pretende estudar ação para penalizar quem usa as represas para banho

Baixar Áudio por Rodrigo Fischer

Medida deve ser definida nesta semana, em uma reunião entre o Samae e a pasta de Segurança Pública

Foto: SAMAE/Divulgação

Caxias do Sul registrou a morte de dois adolescentes, de 14 e 17 anos de idade, na Represa da Maestra, na zona norte do município. O fato ocorreu nesta segunda-feira (10/02), quando os bombeiros localizaram os corpos dos jovens dentro da barragem, com suspeita de óbito por afogamento. O acontecimento abriu o questionamento sobre as fiscalizações no entorno desses locais usados para banho no verão.

Em entrevista, o diretor geral da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Proteção Social (SMSPPS), Alexandre Prestes Bortoluz, lembra que é realizada a Operação Verão Seguro 2020, em conjunto com o Samae, para inibir essa prática. Ele ainda lembra que são efetuadas rondas nas áreas públicas de Caxias do Sul e que estão sendo solicitadas novas placas para avisar sobre a proibição do banho nas represas, pois as antigas foram alvos de vandalismo. “A Guarda Municipal, junto com o Samae, realizou constantes abordagens para prevenir o afogamento nas lagoas, barragens e lagos do município. Temos também uma equipe de ações preventivas da Guarda, que faz o patrulhamento de locais da cidade, e um grupo que efetua a fiscalização de áreas públicas, já intensificadas. Foi solicitado ainda ao Samae [colocação de novas placas], porque um tempo atrás existiam sinalizações informando a proibição do banho, mas as pessoas retiram, vandalizam e acabam desrespeitando as regras. Nessa linha, o secretário [de Segurança Hernest Larrat dos Santos] solicita o apoio da população para que respeite essas normas. ”

Bortoluz explica que a pasta de segurança trabalha com o Samae para ver formas legais de penalizar as pessoas que usam as barragens para banho. “Estamos verificando, junto com o Samae, alguma maneira e um modo legal de penalizarmos essas pessoas que não respeitam as placas de sinalização ou o cercamento da área.

Obstáculos

Ele ainda explica que há algumas dificuldades no trabalho de fiscalização. Segundo o diretor, a extensão das represas e a saída de uma determinada viatura do local abre espaço para que as pessoas adentrem as barragens. “No momento que a viatura passa e faz a ronda, como é uma área muito extensa ou ela [viatura] está em outra barragem num outro lugar de vulnerabilidade, as pessoas desrespeitam a orientação dada pelo Samae e pela Guarda Municipal e acabam adentrando as barragens. ”

O secretário de Segurança Pública e Proteção Social (SMSPPS), Hernest Larrat dos Santos pretende se reunir, nesta semana, com o diretor-presidente do Samae, Idair Moschen, para intensificar as ações nos arredores das represas. A ideia é pedir auxílio de outros órgãos de segurança do Estado.

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