“Vamos contatar com a família e abrir um canal de negociação”, diz prefeito Flávio Cassina sobre caso Magnabosco
Baixar ÁudioMunicípio foi condenado a pagar dívida milionária no final do ano passado
O Caso Magnabosco tem sido assunto nas rodas de conversa dos caxienses há um bom tempo. Principalmente quando a Prefeitura de Caxias do Sul perdeu a ação rescisória para a família no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em novembro do ano passado, por quatro votos a três.
Cálculos preliminares apontam que o Município terá que pagar R$ 820 milhões de indenização aos Magnabosco pela invasão de moradores no terreno doado pela família em 1966 para a construção da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Hoje o local é conhecido como bairro Primeiro de Maio. O valor inicial do espaço era de R$ 50 milhões e com as correções monetárias contadas desde o início do ingresso da ação, em 1980, a dívida chegou a esse montante.
O destino do município de Caxias do Sul já está selado: é preciso pagar a dívida. Porém a forma como isso será feito e o valor oficial da indenização ainda não foram definidos.
Segundo o prefeito Flávio Cassina (PTB), a negociação se apresenta como a melhor solução para o problema: “Não tiro a razão da família, é um direito inalienável que a gente concorda. Mas, ao mesmo tempo, não podemos inviabilizar o Município, então, é uma negociação bastante difícil. A grande questão é o acerto relativo aos juros, então, vamos ter que achar uma solução”.
Durante entrevista na Tua Rádio São Francisco, ele também salientou que em breve deve estabelecer contato com a família e com os advogados para discutir o pagamento da indenização. “Tenho amizade com a família Magnabosco há décadas, com os advogados também, mas, ainda não conseguimos conversar. Porém, dentro de breve espaço de tempo vamos contatar com a família e abrir um canal de negociação”.
Os R$ 820 milhões representam cerca de um terço do orçamento anual do município.
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