Sindicato da Polícia Civil decide por paralisação para o próximo dia 28 no Rio Grande do Sul
Presidente da entidade fala em responsabilização do governador por mortes no estado
Foto: UGEIRM-Sindicato/Divulgação
‘Qualquer ameaça que se concretizar terá reação à altura’. A afirmação do presidente do Sindicato de Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia, UGEIRM-Sindicato, Isaac Ortiz, revela a insatisfação que irá gerar uma paralisação estadual no dia 28, dia da Polícia Civil. Ortiz explica que há ameaças do governo do estado para que as promoções, previstas para o próximo dia 21, não aconteçam e, ainda, sejam trocadas por cortes salariais. Além disso, outro corte retirou policiais das ruas e dos setores de investigações: o da hora extra.
Ortiz garante que a criminalidade aumentou assustadoramente. ‘O estado está adormecido na segurança pública. Marginais estão se proliferando à luz do dia. Chacina está se tornando corriqueira e nós não temos condições de reação’, disse durante entrevista.
A paralisação foi definida em reunião do Conselho do Sindicato na sexta-feira, 17 com representantes de todo o estado e de Caxias do Sul. A intenção é chamar a atenção da população para que cobre investimentos por parte do governo sobre a situação da polícia. Há semanas, os aprovados em concurso estão acampados em frente ao Palácio Piratini com a solicitação de serem chamados para começar a trabalhar. Mais de 600 estão no aguardo após aprovação. Visitas às delegacias estão programadas para esta semana como forma de organizar a mobilização.
Texto: Noele Scur
Ouça a reportagem de José Leal
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