Você está ouvindo
Tua Rádio
Ao Vivo
20:00:00
Tua Essência
23:59:00
 
 

RS tem queda de 57,1% nos latrocínios em abril

por Pablo Ribeiro

Homicídios e roubos de veículos também reduziram e feminicídios fecharam em alta

Foto: Grégori Bertó/SSP/Divulgação

Após o aumento registrado em março, a resposta das forças de Segurança Pública já conseguiu retornar para tendência de queda as ocorrências de latrocínios no Rio Grande do Sul em abril. O número de roubos com morte reduziu mais do que a metade, 57,1%, de sete casos no quarto mês do ano passado para três. É o menor total para o período em toda a série histórica de contabilização desse tipo de crime, iniciada em 2002. Em relação ao pior momento já vivenciado no Estado, em 2016, quando houve 19 latrocínios em abril, o total atual representa uma queda de 84,2%.

Entre os fatores que contribuem para o resultado, as autoridades apontam a alta resolutividade desse tipo crime, com rápida identificação e prisão dos autores em 70% a 80% dos casos, além do acompanhamento sistemático e detalhado de cada uma das ocorrências pela Gestão de Estatística em Segurança (GESeg), que permite executar as ações de resposta dentro do Programa RS Seguro. Além disso, o planejamento com foco territorial e baseado na análise dos dados resultou na redução generalizada dos principais crimes contra o patrimônio, geradores de latrocínios.

Homicídios têm queda de 32,4% no Estado em abril

Outro crime contra vida que registrou redução no mês passado foi o homicídio, considerado internacionalmente como principal indicador para acompanhamento dos níveis de violência. O total de vítimas em abril caiu 32,4%, de 176 no último ano para 119. É a sexta redução consecutiva na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A última alta ocorreu em outubro de 2020, quando houve elevação em razão de conflitos pontuais na Serra, logo reprimidos pela rápida ação da Segurança Pública, dando início à sequência de retrações a partir de novembro.

Violência contra a mulher cresce em abril, mas segue em queda no acumulado

Depois uma redução histórica nos feminicídios em março, o resultado do mês seguinte mostra que o número de vítimas de assassinato por motivo gênero no Rio Grande do Sul subiu de nove para 14 (55,6%).

Das 14 vítimas, apenas duas estavam amparadas por medida protetiva de urgência (MPU), ou seja, em 85% dos casos não havia qualquer determinação judicial para afastamento do agressor. O dado é semelhante ao identificado no Mapa dos Feminicídios 2020, no qual a Polícia Civil verificou que 93,7% das 79 vítimas no ano passado não contavam com MPU em vigor à época do crime.

O estudo evidenciou ainda que 82% das mulheres mortas de janeiro a dezembro nunca registraram ocorrência contra o agressor. Entre as vítimas de abril deste ano, esse índice foi de 50%.

Os dados ressaltam a importância de comunicar qualquer suspeita de violência contra a mulher às autoridades, de forma a possibilitar a adoção de medidas preventivas. Conforme a diretora da Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher (Dipam), delegada Jeiselaure de Souza, ligada ao Departamento de Proteção à Grupos Vulneráveis (DPGV) da Polícia Civil, são raros os casos em que o feminicídio é resultado da primeira agressão. Em geral, as mortes por motivação de gênero são o ponto final de um longo ciclo de violência que, quanto antes for rompido, tem mais chances de preservar as vítimas.

Central de Conteúdo Unidade Tua Rádio

Enviar Correção

Comentários

Newsletter Tua Rádio

Receba gratuitamente o melhor conteúdo da Tua Rádio no seu e-mail e mantenha-se sempre atualizado.

Leia Mais