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Marauense que mora na China fala sobre a situação instalada no país por conta do coronavírus

por Camila Agostini

A disseminação da doença ameaça permanência de estrangeiros no país asiático

Foto: Província de Liaoning / China / Arquivo pessoal

“Todos são obrigados a usar máscara sob pena de punição”. As palavras são do marauense Thiago Marin. Ele e a esposa, Helena Rigo, moram na China há 18 meses. O casal tem um bebê de seis meses e pensa em retornar ao Brasil até que a situação no país se ajuste em função dos casos de coronavírus. A família de Thiago mora em Dalian, província de Liaoning.

Em contato com a reportagem da Tua Rádio Alvorada, Thiago confirma que o crescente  número de casos da doença no país asiático começa a gerar dificuldades. A incidência de mortes também se acentua. A atualização mais recente mostra que 170 pessoas já morreram em decorrência de complicações causadas pelo coronavírus que já infectou mais de sete mil pessoas em todo o mundo. Nenhum paciente contaminado fora da China morreu. O Brasil tem nove casos suspeitos, em seis estados. As informações foram divulgadas na quarta-feira, 29/01, em coletiva de imprensa do Ministério da Saúde. Os dados são referentes ao período de 18 a 29 de janeiro.

A tendência, diz Thiago, é que em fevereiro, os protocolos de avaliação de risco se intensifiquem. A subnotificação também se torna um problema já que, como informa o marauense, ainda há quem tenha receio de relatar a situação às autoridades. “Mas o governo chinês está tomando medidas sem precedentes, que provavelmente nenhum outro país faria. Estão concluindo a construção de dois hospitais, em um período de 15 dias, com capacidade de mais de mil leitos cada um. Mais de 15 cidades tem acesso bloqueado para evitar que a doença se alastre. Escolas, comércio, parques, indústrias de diversas regiões estão fechados. Isso tudo para que sejam evitadas aglomerações”, relata Thiago.

As ações de prevenção na China ocorrem, sobretudo, em locais onde haja maior circulação de pessoas. Nos aeroportos, estações ferroviárias, metrôs agentes de saúde verificam temperatura de cada cidadão e, caso alguém apresente sinais febril (37.3) é isolado na hora.

Um certo pânico já se estabelece, conforme afirma Thiago Marin. “As pessoas começam a estocar comida e já encontramos dificuldade para adquirir alguns alimentos”. O marauense diz, ainda, que para os estrangeiros que moram na China a situação pode se complicar ainda mais por conta da comunicação, muitas vezes, prejudicada pelas dificuldades de compreensão da língua.  “Não entendemos o que eles falam e não temos a mesma habilidade de conseguir as coisas”, destaca Thiago.

 

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