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Mandetta deixa o Ministério da Saúde

por Ana Lúcia Jacomini

Anúncio foi feito pelo próprio ministro

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Depois de mais de um mês de desalinhamentos públicos com o presidente da República, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi demitido nesta quinta-feira, 16/04. A exoneração, assinada por Jair Bolsonaro, deve ser publicada em edição extra do Diário Oficial, mas foi oficializada pelo presidente em reunião realizada no Palácio do Planalto. Foi o próprio Mandetta quem anunciou sua saída em publicação no Twitter. “Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde”, escreveu o médico.

Na sequência, Mandetta agradeceu a oportunidade de ser gerente do SUS, "de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar". Ainda, agradeceu a equipe que esteve ao seu lado no Ministério da Saúde e desejou êxito ao seu sucessor. 

Apontado como o  mais popular integrante do governo e com aprovação maior que a do prórpio presidente, Mandetta resistiu cerca de 15 dias no cargo, após os primeiros desencontros mais efetivos com a opinião de Bolsonaro. Com apoio de parte da ala governista, o então ministro chegou a dar entrevistas fazendo referências às opiniões contrárias de ambos. No sábado passado, ele disse a uma emissora de televisão que a população "não sabe se escuta o ministro ou o presidente".   

A mensagem foi criticada por parlamentares e governadores que até então o apoiavam e Mandetta reconheceu o erro e recuou. Na terça-feira, 14/04, apareceu com o semblante diferente na coletiva diária de atualização dos números sobre a pandemia e quase não falou, deixando as explanações para seus assessores. Ao retornar para o gabinete, inclusive, teria comunicado os colegas, que sua demissão era uma questão de tempo.

Em sua coletiva na tarde desta quinta-feira, na sede do Ministério da Saúde, ele tornou a agradecer a equipe, nomidando parte dos profissionais a quem disse ser "a melhor equipe que esse Ministério da Saúde já teve". Emocionado, contou parte de sua trajetória desde a formação como médico ortopedista e afirmou que sem política, não se faz um bom sistema de saúde em nenhum país do mundo. Sem perder o bom humor e contando histórias de várias pessoas presentes à coletiva, afirmou que "não pode medir o tamanho do agradecimento que tem pelo que aprendeu com sua equipe, já que o trabalho que realizaram nunca foi de mão única."

Mandetta pediu para que a equipe não tenha medo de seguir e que não faça nada de diferente do que vinham fazendo até então. "Deixo esse ministério mas sei o que deixo e deixo aqui a melhor equipe". Pediu para que os profissionais desdobrem seus esforços para que o novo ministro possa trabalhar. "Fiquem nos três pilares: ciência, disciplina e foco", orientou ele, lembrando que ministros passam e o que fica é o trabalho. O oncologista Nelson Teich, que também se reuniu nesta quinta-feira com o presidente Bolsonaro, será oficializado como novo ministro.

 

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