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Moradores da Segunda Légua protestam contra possível construção do Parque de Proteção Animal na localidade

Baixar Áudio por Isadora Helena Martins

No domingo (03), comunidades de São Virgílio e Loreto farão uma caminhada contra a escolha de uma propriedade local para o novo abrigo de animais. Prefeitura de Caxias do Sul alega que a área do parque ainda não está definida.

Foto: Divulgação / Fabio Campelo

Moradores das localidades de São Virgílio da Segunda Légua e Loreto vão realizar, neste domingo (03), um protesto contra a possível construção do Parque de Proteção Animal em uma propriedade situada entre as duas comunidades. Os manifestantes vão se reunir às 10h, em frente à igreja da Comunidade de São Virgílio, e sairão em caminhada em direção a Loreto. O objetivo do ato é chamar a atenção das autoridades da Prefeitura de Caxias do Sul para o descontentamento dos moradores da região sobre a possível instalação do espaço na localidade.

Conforme um dos moradores de São Virgílio, Raimundo Bampi, a comunidade foi surpreendida com a ideia do Município de abrigar os animais que hoje se encontram no Canil Municipal, em um espaço a ser construído em uma das propriedades da região. “Ninguém consultou, ninguém veio nos consultar a respeito disso. Nossa comunidade não é contra a ideia do Município a criar um espaço para o bem-estar animal. O que entendemos é que aqui não é o local para instalar isso, porque é uma região de pequenas propriedades, de agricultura familiar e é uma área que os agricultores sempre preservaram”, disse.    

Bampi também afirmou que os prejuízos podem ser inúmeros para as comunidades: “O local a ser colocado o canil, tem que ser aonde não tem pessoas por perto. Com certeza vai haver barulho, ninguém nos garante que a presença de tantos animais não crie cheiro. Inclusive existe um movimento muito forte para tonar a região um roteiro turístico, mas não é o canil que vai atrair visitantes”.

O secretário municipal do Meio Ambiente (Semma), João Osório Martins, reiterou que ainda não ocorreu a definição da área que receberá o Parque de Proteção Animal. Ele afirmou, porém, que a prefeitura está avaliando uma propriedade localizada na região da Segunda Légua. “Nós estamos vistoriando várias áreas e uma das que nós vistoriamos é essa, em São Virgílio. Mas nós sequer compramos a área, portanto, não é nossa, é apenas uma possibilidade”.

Mesmo alegando falta de definições, na última semana, a Prefeitura realizou uma reunião com representantes de moradores das localidades para apresentar o projeto do novo abrigo para os animais recolhidos pelo Poder Público. À reportagem, o titular da Semma afirmou que não há uma previsão de data para a escolha da área e disse que o Município deverá realizar uma reunião com os moradores locais assim que o espaço for definido.

De acordo com o projeto, o parque será dividido em três partes: uma área de preservação; um parque para visitação e lazer da comunidade, com monumento e local para despedida do animal, sede administrativa (com CTI de resgatados, consultório para atendimento dos animais do canil) e casa das ONGs; e o centro de proteção.

A previsão é de que o alojamento dos animais fique totalmente isolado pela mata e com distância suficiente para que não seja visualizada da estrada. Assim, os moradores do entorno não perceberiam os animais no dia a dia, da mesma forma que os animais não veriam qualquer movimentação nas proximidades.

O projeto da Prefeitura também contempla um sistema de coleta de dejetos e limpeza do alojamento com perturbação mínima dos animais, e proteção para não haver contaminação do solo.  

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