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Temporal causa destelhamentos e queda de árvores em Guaporé

por Eduardo Cover Godinho

Em menos de 20 minutos, forte chuva e vendaval provocaram estragos em veículos e residências. Cidade ficou sem energia por mais de duas horas

Familiares e vizinhos colaboram na reconstrução da cobertura da residência da família De Bona na Comunidade Ernesto Alves
Foto: Eduardo Cover Godinho

Em pouco menos de 20 minutos, um temporal que atingiu Guaporé na segunda-feira, dia 25 de janeiro, por volta das 15h45min, provocou estragos em residências e veículos que estavam estacionados na via pública. A chuva forte acompanhada de um vendaval fez com que galhos de árvores fossem quebrados ao meio e postes de energia elétrica viessem ao chão. Na zona rural, principalmente na Comunidade Ernesto Alves – Distrito de Colombo, o salão comunitário, a cancha de bochas e um imóvel foram atingidos pelo forte vento. O destelhamento de casas obrigou os voluntários da Defesa Civil Municipal a atuarem com a colocação de lonas para a cobertura nos locais atingidos. O Corpo de Bombeiros, através da guarnição de serviço, colaborou para a retirada de pessoas que ficaram trancadas dentro de elevadores em dois edifícios, como também na remoção de galhos e árvores.

Dois automóveis foram parcialmente destruídos. No primeiro caso, parte de uma árvore caiu sobre um Fiat/Palio, placas MGW-9005, que estava estacionado em frente a antiga Câmara de Vereadores, na Avenida Monsenhor Scalabrini, no centro. O automóvel é de propriedade de uma funcionária de um estabelecimento comercial localizado a poucos metros do incidente. Um poste de energia, localizado na Rua do Poente, proximidades do Supermercado Marin, por muito pouco não caiu, provocando um grande estrago na rede elétrica. O poste ficou “escorado” em um Volkswagen Gol, placas IPO-6505, que estava estacionado.

Prejuízos de grande monta foram registrados com a queda de dois postes de energia, ambos de madeira e com visíveis sinais de apodrecimento, na Rua Carlos Termignoni – Acesso Sul. A via, utilizada para quem busca acesso rápido da zona urbana até a ERS-129, ficou bloqueada por horas. Em outros locais da cidade, equipes da concessionária Rio Grande Energia (RGE) desdobravam-se para dar conta dos problemas com a fiação que foi arrancada durante a tempestade.

O destelhamento de residências e indústrias marcou a passagem do temporal por Guaporé. Em vários bairros da cidade era possível ver telhas de fibrocimento (famosos brasilit) e de zinco arrancadas. A família Resmini, no Bairro São José, contabilizou prejuízos na cobertura. Telhas voaram com a fúria do vento e o morador precisou da ajuda dos voluntários da Defesa Civil para a colocação de lona para evitar que móveis e eletrônicos fossem prejudicados se houvesse nova “tromba d’água”.

 

Interior

A mesma situação, só que enfrentada com maior desespero, foi vivida pela família De Bona e moradores da Comunidade Ernesto Alves, na zona rural de Guaporé. Um corredor de destruição, por onde passou a tempestade, chamou a atenção. Parte do telhado de uma residência foi arrancado e jogado longe. Um mutirão, que contou com a participação de familiares e vizinhos, efetuou o reparo emergência para evitar novos estragos. A força do vento foi tamanha que uma lavoura de milho inteira, próxima ao imóvel, foi ao chão.

“Infelizmente perdemos a produção. Não há o que recuperar”, disse De Bona.

Pouco mais de 400 metros, na Capela da Comunidade, produtores rurais contabilizavam os danos causados pela fúria do tempo. Praticamente todo o telhado da cancha de bocha foi destruído e parte do salão comunitário sofreu avarias. O vento foi tão forte, que uma estrutura inteira de barrotes de madeira e folhas de zinco foi levada por mais de 100 metros. O templo religioso, palco de celebrações católicas, ficou intacto.

“Foi triste. Nunca vi nada igual na minha vida”, afirmou Elza Pergher, moradora próxima da Capela.

Ela salientou que sua residência não teve danos, porém, na propriedade da família árvores foram arrancadas do chão com a raiz e algumas “cortadas” ao meio.

“Foram minutos de tensão que passei sozinha dentro de casa. Estava preocupada com o filho na lavoura e com o vento que não cessava. É incrível, pois o vendaval ‘desviou’ do imóvel e causou a queda de árvores somente nos arredores da propriedade. Aqui, com certeza, tem a mão de Deus. Obrigado Senhor”, disse.

Nas estradas vicinais que ligam a Capela até a Comunidade Fernando Abot, o que se via eram pinheiros, eucaliptos e outros arbustos, caídos. Felizmente, não houve o registro de pessoas feridas e desabrigadas.

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