Possível adiamento do Censo para 2022 preocupa entidades ligadas ao movimento municipalista
Pesquisa estava prevista para ocorrer entre 1º de agosto e 31 de outubro deste ano
Foto: Divulgação/Agência 61
Após a informação de que o Governo Federal pretende propor um novo adiamento do Censo Demográfico, de 2021 para 2022, o movimento municipalista enxergou um problema que pode afetar diretamente o recebimento de recursos destinados à população. De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), a extensão do prazo para estabelecer o Censo, que é realizado pelo IBGE, impede que haja uma definição exata dos coeficientes de repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que levam em conta o número de habitantes de cada ente.
O consultor de estudos técnicos da CNM, Eduardo Stranz, avalia que a não realização de um Censo Demográfico no próximo ano vai acarretar em prejuízos financeiros para os municípios. O Censo Demográfico é realizado periodicamente a cada 10 anos e deve ser feito em todo o Brasil. Pesquisadores do IBGE visitam os domicílios para obter dados sobre as características dos moradores. Entre as informações coletadas estão nível de estudo, trabalho e renda, por exemplo.
A pesquisa estava prevista para ocorrer entre 1º de agosto e 31 de outubro deste ano. Para adiar o Censo mais uma vez, o governo apresenta justificativas relacionadas a questões sanitárias, já que a coleta da pesquisa é domiciliar e presencial. A estimativa de visitas é de mais de 180 mil recenseadores a aproximadamente 71 milhões de domicílios em todo o território nacional. O valor destinado para a realização do Censo Demográfico, cerca de R$ 2,3 bilhões, deve ser direcionado para outros ministérios.
Fonte: Agência 61
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