Localizada na entrada do Pavilhão Dois, na parte de baixo, está a Vila dos Distritos. Um espaço reservado pela Festa da Uva e conquistado pelos agricultores, para mostrar aos visitantes como era na época da colonização, as dificuldades, criatividade e ousadia dos colonos. É ali que eles expressam toda a cultura, história, costumes, hábitos, gastronomia, religiosidade e trabalho.

Na Vila dos Distritos, é possível encontrar um moinho, que era utilizado para moer os grãos (milho e trigo) e produzir a farinha para o alimento das famílias. Os visitantes podem ver ainda talhar a madeira para a produção de gamelas, utensílio muito utilizado na época e de fundamental importância para temperar o alimento, fazer pões, salgar a carne e outras tantas utilidades, às unidades feitas de açoita, angico ou cedro. A arte é do agricultor Raul Rodrigues, de Vila Seca, que diz ter herdado essa cultura do avô.

Também se encontra a ferraria de um grupo de Vila Oliva, que mostra como se preparava uma talhadeira, cunha ou ponteiro, ferramentas muito utilizadas para quebrar pedras, abrir troncos para a produção de tábuas, palanques e várias outras peças para a construção das casas, ou ainda fazer cercas e alambrados. Neste local, eles utilizam um fole para produzir vento e manter as brasas acessas para esquentar o ferro que será lapidado conforme a ferramenta a ser produzida.

Não falta também à nona fazendo dressa e produzindo chapéus de palha de trigo. Do interior de Farroupilha, cuja comunidade pertence à Forqueta, no município de Caxias, Maria Bortolanza, passa o dia produzindo chapéus com palha de trigo ao preço médio de R$ 30,00 a unidade. Ela disse que produz em casa, mas na Festa da Uva também faz demonstração de como é a arte. Arlindo Antônio Saccaro, vem de Ana Rech e mostra sua habilidade na produção de cestos, balaios, poltronas, berços e outros artigos com vime.

Chama atenção ainda o fogão à lenha onde é assada a polenta na hora, e depois servida com queijo e salame, ao preço de R$ 10,00 ao prato. Durante o dia chegam a ser consumidas dez bacias de polenta brustolada, oferecida pela comunidade de Galópolis.

O Clube de Mães de Santa Lúcia do Piaí, montou sua banca para comercializar o artesanato confeccionado com o tricô e crochê, em panos de prato, toalhas protetor de bolos e outras peças para a cozinha. Terezinha Andreazaa disse que esse trabalho visa manter a tradição e ajudar o Clube de Mães a se manter. Uma peça varia de RS 10,00 a RS 15,00.

Neste local ainda tem a gastronomia típica em uma bodega, onde é possível adquirir os produtos da colônia, industrializados pelas agroindústrias ou inatura. No centro da Vila dos Distritos, um palco abre espaços para a cultura e a arte, onde artistas da região se apresentam a todo o instante mostrando a música regional e típica das etnias.