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Presos integrantes de quadrilha que planejou assaltos à agências bancárias

por Marco Aurélio Santana

Operação Paraí cumpriu 23 ordens judiciais (mandados de busca e apreensão e prisão) em Guaporé, Serafina Corrêa, Paraí e na Penitenciária de Alta Segurança (PASC) em Charqueadas

A Polícia Civil (PC), com investigações da 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos – do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), desencadeou na manhã da quinta-feira, dia 23 de julho, a Operação Paraí. Com a participação de aproximadamente 80 policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Dracos) de Lajeado e Passo Fundo, Delegacias de Polícia Civil (DPs) de Guaporé, Serafina Corrêa, Paraí e Marau, a ação teve como objetivo principal desbaratar uma associação criminosa responsável pela tentativa de roubos a instituições financeiras com uso de explosivos. O evento criminoso aconteceu no dia 6 de março de 2020, nas agências do Banco do Brasil e Sicredi em Paraí. Na ocasião, sete bandidos foram mortos em confronto com a Brigada Militar (BM).

Os policiais civis, após a identificação do mentor intelectual e do papel que cada criminoso na ação delituosa, cumpriram 23 ordens judiciais, sendo 13 mandados de busca e bloqueio de contas bancárias, oito de prisão preventiva e dois temporária, em 10 alvos nas cidades de Guaporé (bairros Nossa Senhora da Paz, Vila Verde, Planalto e Linha Quinta), Serafina Corrêa (Povoado Zanetti), Paraí e na Penitenciária de Alta Segurança (PASC) em Charqueadas. Sete pessoas suspeitas foram presas, uma balança de precisão, pequena quantidade de drogas, R$ 1 mil em dinheiro e telefones celulares foram apreendidos. Ainda houve o bloqueio de R$ 190 mil em contas bancárias.

Conforme o delegado João Paulo de Abreu, do DEIC, o desenvolvimento de todos os passos para o crime partiu de dentro da PASC, por telefone. O apenado, chefe da quadrilha, planejou a ação, recrutou os integrantes e ordenou o que cada um deveria fazer.

“Tínhamos a informação, bastante vaga, que o grupo era liderado por uma pessoa que está recolhida no sistema prisional. Buscamos, através da investigação criminal, produzir provas e identificamos 10 pessoas que participaram de forma ativa para que a tentativa de roubo a bancos em Paraí fosse executado. O apenado tinha o papel destacado de organizar e prover recursos materiais”, disse o delegado.

Abreu salientou que todos os envolvidos, que não tiveram os nomes divulgados por causa da Lei de Abuso de Autoridade, tinham papeis definidos para que o crime fosse consumado. Homens e mulheres emprestaram residências (sítios) para os criminosos e levaram mantimentos durante o abrigo (alimentação e cobertores), informaram sobre movimentação do carro forte e policiamento em Paraí, transportaram integrantes e armas, efetuaram o levantamento prévio das agências, armazenaram armas, munições, explosivos e equipamentos utilizados e corroboraram no planejamento e fuga do bando.

“Percebe-se que o grupo que intentou a ação em Paraí é composto por muitas pessoas, as quais desempenharam tarefas específicas. Realmente são considerados uma organização criminosa no aspecto legal e possuem uma atuação bem significativa na criminalidade em Guaporé e arredores”, afirmou.

Além dos agentes da PC, peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP) e servidores da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) participaram da Operação Paraí.

Criminalidade na região

Titular da DP de Guaporé, o delegado Tiago Lopes de Albuquerque, destaca que a operação, coordenada e desencadeada pelo DEIC, contou com a importante participação dos policiais civis das DPs de Guaporé e Serafina Corrêa no curso de todo o trabalho de investigação.

“É reflexo de um importante trabalho integrado que vem, de certa forma, desarticular esse grupo criminoso que têm atuação forte na região. Tanto que a tentativa de roubo simultâneas às agências bancárias aconteceriam, na ocasião que houve a intervenção da Brigada Militar, no município de Paraí. Temos por obrigação manter um monitoramento e uma investigação permanente desses grupos porque, infelizmente, estão sempre articulando novas ação criminosas. A Polícia Civil está incansavelmente buscando dar uma resposta rápida e extremamente eficaz para a comunidade”.

O delegado Abreu não descarta a ligação da quadrilha com o roubo a dois caixas eletrônicos do Banco do Brasil na empresa BRF S/A em Serafina Corrêa. A ação aconteceu no mês de outubro de 2019

“Temos condições de afirmar, até pelo trabalho da Delegacia de Guaporé, que um dos sete mortos em Paraí foi o responsável pela explosão. Ele, mais velho que os demais criminosos, era o explosivista da quadrilha. Os outros seis que morreram, até que temos conhecimento, não estavam presentes nesta ação”.

Fonte: Central de Conteúdo/Rádio Aurora

Fotos: Eduardo Cover Godinho

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