Caso Potrich: desaparecimento de gerente bancário completa dois anos
Potrich foi visto pela última vez por volta das 19h de uma terça-feira
Foto: Divulgação
A sexta-feira, 13 de novembro de 2020, marca a data que completa dois anos do desparecimento de Jacir Potrich, gerente da agência do Sicredi, no município de Anta Gorda. Jacir Potrich, de 55 anos, desapareceu entre a noite de terça-feira, 13 e a manhã de quarta-feira, 14 de novembro de 2018 no pequeno município, no Vale do Taquari. As buscas tiveram início no dia em que foi registrado o sumiço, depois de uma pescaria em um açude.
Potrich foi visto pela última vez por volta das 19h de terça, 13/11. Naquele dia, o bancário teve uma rotina normal, trabalhou até as 15h, foi para casa e, mais tarde, saiu para pescar no açude. De acordo com a polícia, a esposa de Potrich estava em um curso, em Passo Fundo, e o marido estava sozinho em casa. A pescaria era um costume que Potrich praticava com frequência. No fim da tarde, ele limpou e guardou os peixes. Depois disso, o gerente de banco não foi mais visto.
Bombeiros esvaziaram um açude, localizado a cerca de 30 metros do residencial onde Jacir morava com a família, na tentativa de achar alguma informação sobre o paradeiro do gerente, mas nada foi localizado.
Prisão de um suspeito
No dia 23 de janeiro a polícia civil desencadeou a operação “Gerente AG” em Anta Gorda e prendeu um homem apontado como principal suspeito do desaparecimento de Jacir.
Segundo o delegado responsável pelo caso, não haviam dúvidas de que o gerente teria sido assassinado pelo vizinho, que além de responder por homicídio qualificado, também seria indiciado por ocultação de cadáver. O investigado se manteve em silêncio quando chegou à Anta Gorda, não manifestando qualquer informação a respeito do caso.
Após pedido da defesa, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul concedeu habeas corpus para o homem apontado como responsável pelo desaparecimento do gerente bancário, Jacir Potrich.
No dia 24 de abril de 2019 a Polícia Civil entregou à Comarca de Encantado o inquérito que investigou a morte do bancário. O vizinho e até então amigo da vítima, um dentista, que tornou-se réu no caso, foi indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. As razões seriam então uma desavença pelo término do aluguel da agência do Sicredi no prédio de propriedade do acusado.
Na tarde da quinta-feira 25 de abril do mesmo ano, o suspeito de ter assassinado e ocultado o cadáver do bancário Jacir Potrich, do Sicredi de Anta Gorda, se entregou no Fórum de Encantado.
No dia 26 a Justiça do Rio Grande do Sul concedeu liberdade ao acusado de matar Jacir Potrich.
A liberdade foi concedida após o advogado do acusado entrar com um pedido de habeas corpus diante da prisão preventiva do mesmo. Ele havia sido preso por perseguir e intimidar familiares do gerente.
Trancamento da Ação Penal
No dia 28 de agosto de 2019 a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul concedeu ordem de habeas corpus a favor do dentista acusado de ter matado e ocultado o cadáver do gerente do Sicredi e trancou a ação penal.
Em maio de 2020 o Superior Tribunal de Justiça confirmou decisão que encerrou ação contra o acusado da morte de Potrich. Ação transitou em julgado e não há possibilidade de recurso.
Mistério
O corpo de Jacir Potrich nunca foi encontrado, e a defesa do dentista que foi preso e acusado do crime chegou a cogitar que o homem ainda poderia estar vivo.
Após completar dois anos do desaparecimento de Jacir Potrich, nenhuma prova que motivasse a reabertura do inquérito policial chegou ao conhecimento das autoridades e o mistério a cerca do caso permanece.
Informações: Rádio Uirapuru
Comentários