O caso Paula Perin Portes em Soledade tem tomado novas repercussões. Especialmente no que tange a ameaças que estão sendo registradas contra os advogados e familiares da jovem morta em Soledade, entre a noite de 10 de junho e madrugada de 11 de junho.

Conforme o advogado Alisson Doneda, no seu caso, as ligações se tornaram insistentes até que no dia posterior do encontro do corpo de Paula ele atendeu a uma ligação telefônica.

“Eu estava em diligências acompanhando os exames que estavam sendo feitos no corpo da Paula, no IML de Passo Fundo e aí eu recebi uma ligação de um número privado, que geralmente eu não atendo, mas no dia ali pela insistência e já tinha ligado outras vezes eu acabei atendendo. Momento em que me afirmaram que eu não deveria ter entrado neste caso, que sabiam quem eu era e onde eu ficava, pois eu tenho família em Soledade. Afirmaram que o meu lugar é em Passo Fundo e que quando eu viesse a Soledade era pra eu ficar atento e me cuidar”, afirmou.

Doneda reconheceu que não se intimidou com a ameaça, mas que registrou o boletim de ocorrência dois dias depois do fato, assim como foi orientado pela delegada responsável pelo caso Fabiane Bittencourt. Conforme o advogado o registro foi inclusive encaminhado para a autoridade policial.

De acordo com as informações da delegada, ainda a mãe de Paula, Marizete Perin, assim como a advogada Salete Canello também têm sofrido ameaças.  A delegada Fabiane de Vargas Bittencourt, responsável pelo caso, informou que as ameaças tem por objetivo intimidar as pessoas.

Fabiane informou que todos eles estão sendo ameaçados de diferentes maneiras. O advogado por ligações, a advogada por fotografias que estão fazendo em seu escritório e residência e a mãe da vítima através das redes sociais, sendo que os registros de ocorrência somente foram realizados pelos advogados.