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“Comunidade precisava saber”, diz presidente do Sindicato de Gastronomia sobre lista de locais supostamente ligados ao esquema de carne de cavalo

Baixar Áudio por Daniel Lucas Rodrigues

Vicente Perini Filho ressalta que, a partir de agora, é necessária a defesa dos investigados para entender qual foi o envolvimento dos estabelecimentos com a organização

Foto: Ana Paula Rech/Divulgação

A divulgação dos 56 estabelecimentos supostamente envolvidos com o grupo que vendia carne de cavalo gerou repercussão nesta semana, em Caxias do Sul. O Sindicato Empresarial da Gastronomia e Hotelaria - Região Uva e Vinho (SEGH) foi uma das entidades que pediu ao Ministério Público a lista dos locais. Na semana passada, o presidente do SEGH, Vicente Perini Filho, ocupou a tribuna da Câmara de Vereadores para reivindicar os nomes.

Com a publicação da listagem na última sexta-feira (17), houve a manifestação do sindicato. Para a Tua Rádio São Francisco, Filho acredita que revelar os negócios possivelmente ligados ao esquema é uma forma de esclarecimento à comunidade, apresentando que grande parte não está envolvida, como especulada anteriormente.  Ele coloca que, a partir de agora, é necessária a defesa dos denunciados para apresentar qual era o tipo de envolvimento com a organização, se sabiam ou não da origem da carne. “Precisava ser divulgado, pelo fato de que a comunidade precisava saber. Nós, como proprietários de restaurantes, também (precisava saber)”, avalia.

Conforme o presidente do SEGH, o impacto da Operação Hipo foi grande para o setor, uma vez que saiu uma suposta lista de estabelecimentos envolvidos com a compra de carne de cavalo. Por isso, alguns locais, que não constaram na divulgação feita pelo Ministério Público, procuraram a instituição para auxílio jurídico. Filho também vê que a situação é uma oportunidade de mostrar quem tem a qualidade nos lanches.

Relembre o caso

No dia 18 de novembro, o Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Segurança Alimentar, deflagrou a Operação Hipo, em Caxias do Sul. A ação tinha o objetivo de desarticular uma possível organização criminosa e apurar crimes contra as relações de consumo e contra a saúde pública. Foram cumpridos, na data, seis mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão referentes a oito alvos.

Em análise às conversas interceptadas, o órgão apurou que o grupo investigado abastecia estabelecimentos da cidade com grandes quantidades de carne (em forma de hambúrgueres e bifes) provenientes do abate clandestino de equinos, suspeita que foi confirmada por meio da realização de perícias em duas hamburguerias de Caxias do Sul, em cujos lanches foi encontrada presença de DNA de cavalo.

No dia 24 de novembro, o Ministério Público encaminhou à Justiça a denúncia contra oito pessoas por integrarem organização criminosa envolvida no esquema de adulteração de alimentos com carne de cavalo. Segundo o MP, os suspeitos cometeram crime contra as relações de consumo, uma vez que os produtos destinados ao consumo humano se tornavam nocivos à saúde por serem produzidos em locais sem qualquer condição sanitária. Outras duas pessoas foram denunciadas por crime contra as relações de consumo.

Na última sexta-feira (17), O Ministério Público divulgou a lista com os nomes dos estabelecimentos que supostamente compraram carne da organização criminosa que abatia cavalos. No total, 56 locais tiveram alguma ligação com o grupo, sendo 53 de Caxias do Sul, dois de Flores da Cunha e um de Farroupilha. Além de hamburguerias, mercados, restaurantes, padarias, pizzarias e lojas de conveniência teriam negociado com o grupo.   

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